tag:blogger.com,1999:blog-39068479754888543302024-02-24T12:45:10.925-08:00*MALÁRIA - BRASIL*"Silenciosamente a malária atinge meio bilhão de pessoas no planeta todos os anos e leva ao óbito centenas de milhares delas, silenciando principalmente crianças. Suas principais causas são o retardo de diagnóstico e de tratamento, a desinformação sobre a doença e o nosso silêncio! Para contrair a doença basta ser picado por um mosquito Anopheles infectado e para um mosquito se infectar basta picar alguém doente. Sem doentes não temos mosquitos infectados nem transmissão de malária."WBarrosoUnknownnoreply@blogger.comBlogger34125tag:blogger.com,1999:blog-3906847975488854330.post-91155339751269503682023-06-29T05:32:00.010-07:002023-06-29T06:03:03.184-07:00Por que o mosquito Aedes aegypti transmite tantas doenças no Brasil? <b>Por que o mosquito <i>Aedes aegypti<b><i></i></b></i> transmite tantas doenças no Brasil?</b>
Simplesmente porque ele está amplamente distribuído pelo país, em áreas rurais, de florestas e inclusive em áreas urbanas e está do ponto de vista entomológico muito especializado em relação à sua multiplicação e sobrevivência, possui uma esplendorosa capacidade de se adaptar e procriar, colocando seus ovos em paredes de recipientes ou estruturas sólidas semi imersas em vários criadouros naturais ou artificiais. Sua capacidade de se procriar é de causar inveja a qualquer outro ser vivo. Possui também a descomunal capacidade de se infectar por diversas espécies e sorotipos virais além de ter à sua disposição uma gigantesca população de homens doentes expostos sem proteção e sem tratamento. Tem também principalmente em áreas urbanas acolhimento de primeiro mundo em nossas casas com água, alimentos (sangue humano e animal) e temperatura amena. “Proteger o homem doente da picada de mosquitos transmissores de doenças, é mais eficiente forma de se controlar essas epidemias e endemias que assolam diversos países levando aos seus povos dor, sofrimento e perdas humanas”. Uma medida simples como essa rompe o ciclo dessas doenças com essa característica de transmissão impedindo que esses mosquitos se infectem e transmitam doenças. <b>Um mosquito não infectado não transmite nada.</b> Os mosquitos transmissores de doenças coitados, sequer sabem o mal que causam aos seres humanos quando picam alguém doente. A ideal de vida deles é como o dos pássaros, voar, cantar, se alimentar e procriar. Infelizmente para nós humanos, nosso sangue faz parte do cardápio desses insetos.
Já passou da hora a necessidade das políticas de controle tomar verdadeiramente os rumos do controle. A dor, o sofrimento, as vidas que se perderam ou ficaram pelo caminho e os mártires dessas endemias agradecerão! Que fique esta frase estampada na primeira página de muitos Jornais: <b>“Nas doenças transmitidas por picadas de mosquito – proteger o homem doente é preciso”</b>. <b>Essa frase também vale para o controle de transmissão da malária, e os mosquitos transmissores são outros, alguns mosquitos do gênero <b><i>Anopheles</i><i></i></b>.<i></i></b> Wanir Barroso, sanitarista especialista em epidemiologia e controle de endemias pela Fiocruz.
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3906847975488854330.post-62564022638254230642014-04-27T16:58:00.001-07:002019-12-05T02:54:30.065-08:00"MALÁRIA - CINCO INFORMAÇÕES IMPORTANTES PARA VIAJANTES" #MALARIA - FIVE IMPORTANT INFORMATION FOR TRAVELERS.
<b>SE VOCÊ FOR VIAJAR OU ESTIVER RETORNANDO DE ALGUNS DOS PAÍSES ENDÊMICOS DE MALÁRIA LISTADOS NO LINK<a href="https://map.ox.ac.uk/country-profiles/#!/"> https://map.ox.ac.uk/country-profiles/#!/</a> . NÃO DEIXE DE LER AS INFORMAÇÕES ABAIXO OU TIRAR SUAS DÚVIDAS SOBRE A DOENÇA. ISTO PODE DIMINUIR O RISCO DE VOCÊ CONTRAIR A DOENÇA, EVITAR QUE LEVE MALÁRIA DE UM PAÍS PARA O OUTRO, IMPEDIR A EVOLUÇÃO DA DOENÇA PARA SUAS FORMAS GRAVES E ATÉ MESMO SALVAR SUA VIDA! O CONTROLE DA MALÁRIA NO PLANETA TAMBÉM DEPENDE DE VOCÊ! DISSEMINE E DEMOCRATIZE SEU CONHECIMENTO!</b>...........................................................................................................................................................
1. <b>EVITAR A PICADA DE MOSQUITOS</b> <b>COM O USO DE REPELENTES</b>. Os repelentes são substâncias químicas que repelem insetos quando aplicados sobre a pele. Os repelentes à base de <b>DEET</b> (N-N Dietiltoluamida) são efetivos por cerca de apenas 02 horas. Existem no mercado produtos com apresentações (creme e aerossol) e concentrações de DEET diversas. Devem ser usados nas partes descobertas do corpo, inclusive nas orelhas. Testar pequena quantidade sobre a pele antes de usar torna-se importante para avaliar processos alérgicos ao DEET. A proteção dos olhos, nariz e boca deve ser observada. Nunca acreditar que repelentes protegem ou repelem insetos por longos períodos, o nível de proteção é limitado à concentração do princípio ativo e às condições de uso de cada produto. A icaridina é outro princípio ativo que também repele insetos. Seu nível de proteção também deve ser avaliado. Use aquele que lhe dê conforto. A transpiração e o suor atraem picadas de mosquitos, você já deve ter tido esta experiência. Habitantes de áreas endêmicas ou de transmissão da doença normalmente não usam repelentes e desestimulam você a usar, na maioria das vezes porque banalizam a doença, principalmente aqueles que já contraíram múltiplas malárias. O desconforto de usar um produto sobre a pele com cheiro forte também desestimula o uso. Ambientes telados ou com ar condicionado também reduzem a possibilidade de picadas de mosquitos. Excetuando-se roupas de astronauta, nenhuma das tecnologias acima oferece proteção de 100% contra picadas de mosquito, que é a principal forma de transmissão de malária. No link em seguida está a distribuição dos principais mosquitos transmissores de malária no planeta.( <a href="http://malariabrasil.blogspot.com/2010/05/distribuicao-dos-principais-mosquitos.html">http://malariabrasil.blogspot.com/2010/05/distribuicao-dos-principais-mosquitos.html</a> ) Os mosquitos transmissores de malária estão distribuídos por praticamente todo planeta. O <i>Anopheles darlingi</i> é o principal transmissor de malária no Brasil, veja no mapa. São cerca de 54 espécies de mosquitos com capacidade de se infectar com o <i>Plasmodium</i> e transmitir malária, todas pertencentes ao gênero <i>Anopheles</i>. Uma característica visual desses mosquitos se reside no fato deles pousarem sobre a pele formando um angulo de aproximadamente 45 graus. <a href="http://malariabrasil.blogspot.com.br/2011/06/video-ciclo-evolutivo-da-doenca.html">http://malariabrasil.blogspot.com.br/2011/06/video-ciclo-evolutivo-da-doenca.html</a> Em países como os Estados Unidos, vários países europeus e até mesmo no Japão também existe mosquitos transmissores de malária.Nesses países não temos a doença de forma endêmica. As antigas áreas endêmicas de malária dos EUA são hoje regiões de transmissão interrompida pelo tratamento de casos, e não pela eliminação do vetor. Lá também existe o risco de reintrodução da doença por existir mosquitos transmissores em algumas regiões e circulação de doentes vindos de áreas endêmicas...........................................................................................................................................................
2. <b>PROCURAR SABER SE VOCE ESTÁ EM ÁREA DE TRANSMISSÃO DE MALÁRIA.</b> Procure saber se existem casos de malária onde você está. Se existem, você está em uma área de transmissão e é real a possibilidade de se contrair a doença. Se há casos é porque existem mosquitos transmissores em circulação infectados com os protozoários transmitindo malária. Acreditar que em algumas regiões do planeta há transmissão de malária inclusive em áreas urbanas. Na Ásia, África e nas Américas Central e do Sul isto é realidade. Você não vai ouvir nem ver propaganda de malária em lugar nenhum. Nos países africanos, por exemplo, você vai entrar e sair de áreas de transmissão de malária sem estar sabendo. País nenhum faz propaganda de suas doenças. Qualquer informação sobre malária em meios de comunicação normalmente assustam quem nunca teve ou desconhece a doença. Acredite também que a malária está sem controle no planeta. Os portos e aeroportos também são locais onde pode ocorrer transmissão de malária, principalmente os que recebem embarcações e aeronaves provenientes de países endêmicos. Mosquitos infectados também se utilizam de vários meios de transporte. Você já deve ter flagrado mosquitos lhe picando no seu carro ou ônibus. Encontrar mosquitos e outros insetos em aeronaves e embarcações é também realidade. ........................................................................................................................................................................................
3. <b>PENSAR EM MALÁRIA SE TIVER FEBRE –</b> Se você for viajar para algum dos 100 países do link (<a href="http://www.map.ox.ac.uk/explore/countries/">http://www.map.ox.ac.uk/explore/countries/</a>), ou alguma área de transmissão de malária no Brasil, como AM, PA, TO, AC, RO, RR, AP, oeste do Maranhão e norte de Mato Grosso, além de regiões de Mata Atlântica na região sudeste nos Estados de SC, PR, SP, RJ, ES (<a href="http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=21170:a-malaria-brasileira-fora-da-amazonia&catid=46:artigos&Itemid=18">http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=21170:a-malaria-brasileira-fora-da-amazonia&catid=46:artigos&Itemid=18</a>) e regiões do vale do Rio Paraná, e vier a apresentar <b>FEBRE</b> como principal sintoma a partir do oitavo dia da chegada e até 30 dias após a volta ao país de origem, deve-se sempre <b>PENSAR EM MALÁRIA como possibilidade de diagnóstico pelo simples fato de ter passado ou frequentado área de transmissão da doença!</b> Os outros sintomas da malária são diarreia, vômitos, dor de cabeça, dor abdominal, falta de apetite, mal estar geral, entre outros. A maioria dos profissionais de saúde, incluindo os médicos, fora das áreas de transmissão de malária em todos os países <b>RARAMENTE PENSA EM MALÁRIA DIANTE DE UM PACIENTE FEBRIL</b>, a não ser que você informe que viajou e esteve em área endêmica ou de transmissão de malária...........................................................................................................................................................................
4. <b>SABER ONDE BUSCAR POR SOCORRO MÉDICO –</b> Fora das áreas endêmicas de malária os recursos assistenciais e laboratoriais para diagnosticar e tratar malária são poucos e concentrados em algumas poucas regiões. Procure saber na sua cidade ou onde você está qual hospital, médico ou laboratório estão habilitados e capacitados a fazer diagnóstico e tratamento de malária. Se você está numa área de transmissão da doença num país diferente do seu e vier a apresentar qualquer dos sintomas citados acima, procure por socorro médico antes de embarcar de volta. Os Órgãos de Saúde de qualquer lugar saberão lhe informar os telefones e endereços de onde buscar por socorro médico especializado para diagnosticar e tratar malária. Lembrem sempre que malária é uma doença de evolução rápida e que pode evoluir para suas formas graves e levar ao óbito em poucos dias se não for diagnosticada e tratada, principalmente a malária causada pelo <i>P. falciparum</i>. A morte por malária se dá por falência de vários órgãos. <b>As principais causas de óbitos por malária em qualquer lugar são o retardo de diagnóstico e de tratamento e a desinformação sobre a doença.Tem sempre um melhor prognóstico e chances reais de cura aqueles que diagnosticam e iniciam o tratamento da doença logo no início do aparecimento dos sintomas. Malária causada pelo <i>P. falciparum</i> deve ser sempre considerada como uma emergência médica . A malária causada por esse protozoário é responsável por quase 100% dos óbitos por malária no planeta. </b>.......................................................................................................................................................................................
5. <b>NÃO SE AUTOMEDICAR –</b> Se você está ou esteve em áreas de transmissão de malária e apresentou sintomas sugestivos de malária não se automedique. Acredite em primeiro lugar que os seus sintomas podem ser de malária. Procure por socorro médico para fazer o diagnóstico e tratamento, informando ao médico que esteve em área ou país endêmico de malária. Os sintomas iniciais da malária são muito parecidos com o de outras doenças, inclusive as doenças virais. O período de incubação da malária varia de 8 a 30 dias ou mais. Período de incubação é o período que vai da picada do mosquito até o início dos sintomas, e corresponde à fase hepática da doença. Na malária, se o homem for picado por mosquitos infectados duas vezes num mesmo dia, ele desenvolve duas malárias ao mesmo tempo com níveis altos de parasitemia e sintomas muito mais exuberantes. Níveis altos de parasitemia (quantidade de protozoários no sangue) aceleram as formas graves da doença e o óbito. Automedicaçao com medicamentos antitérmicos reduzem a febre, mas não curam malária. Somente os medicamentos antimaláricos curam a malária quando prescritos de forma correta. Não se automedique de forma alguma com medicamentos antimaláricos para <b>"evitar"</b> a malária em áreas de transmissão. Nenhum deles impede a infecção malárica. Se for picado por um mosquito infectado com o <i>Plasmodium</i> vai desenvolver a doença pelo menos até a fase hepática. Sem falar da toxicidade desses medicamentos, dos efeitos colaterais e restrições de uso. As doses utilizadas nesses casos são subterapêuticas, insuficientes para curar ou "evitar" a doença. Não são poucas as cepas de protozoários resistentes aos antimaláricos. A cloroquina e a mefloquina, por exemplo, são antimaláricos que perderam sua eficácia frente aos Plasmódios em vários países. Outra coisa, se o <i>Plasmodium</i> for resistente ao medicamento utilizado você desenvolverá a doença com todo rigor dos sintomas que o protozoário impõe. E o pior de tudo, o uso desses medicamentos utilizados dessa forma causam uma <b>falsa sensação de segurança</b> em quem os utiliza, e por conta disso acabam por se expor mais aos mosquitos transmissores da doença aumentando a possibilidade de contrair a doença. Quem faz o diagnóstico e o tratamento na fase inicial da doença tem sempre um melhor prognóstico, com chances reais de cura em Centros de Diagnóstico e Tratamento. A quimioprofilaxia em malária prescrita por médicos habilitados encontra as mesmas barreiras técnicas. (<a href="http://malariabrasil.blogspot.com.br/2010/04/malaria-quimioprofilaxia-e-medidas-de.html">http://malariabrasil.blogspot.com.br/2010/04/malaria-quimioprofilaxia-e-medidas-de.html</a>) Nem em situações extremas em áreas de transmissão da doença se justifica o uso de antimaláricos para uma malária que ainda não se contraiu. Uma frase para botar no quadro: <b>"Medicamento não é vacina, por isso não evita a malária!"</b> Infelizmente ainda não temos vacina contra a malária! <b>Dr Wanir J. Barroso</b>, sanitarista, especialista em epidemiologia e controle de endemias- Fiocruz/RJ........................................................................................................................................................
<b>Autorizado a reprodução deste texto desde que citada a fonte e o autor. No link abaixo o folder "Conheça a Malária" com os tels dos principais Centros de Referência para diagnóstico e tratamento de Malária no Brasil.
</b><a href="http://http://www5.ensp.fiocruz.br/biblioteca/dados/txt_569194722.pdf">http://www5.ensp.fiocruz.br/biblioteca/dados/txt_569194722.pdf</a> <b>SE VOCÊ CONSIDEROU COMO "ÚTIL PARA VIAJANTES" AS INFORMAÇÕES QUE ACABOU DE LER - COMPARTILHE!<i></i></b>
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...........................<b>ONDE BUSCAR POR SOCORRO MÉDICO NO BRASIL</b>........................................<b>CENTROS DE REFERÊNCIA PARA DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE MALÁRIA NO BRASIL.</b>........................
......<b>ACRE</b> (AC) Nome da Instituição: Secretaria Estadual de Saúde Setor Responsável: Divisão de Endemias do Acre Endereço: Av. Getúlio Vargas, 1.446 – Bosque – Rio Branco/AC – 69908-650 Telefone: (68) 3222-4978 / 3224-7019
......<b>ALAGOAS</b> (AL) Nome da Instituição: Hospital Escola Hélvio Auto (HEHA) Setor Responsável: Pronto Atendimento Endereço: Rua Cônego Fernando Lira, s/n – Trapiche da Barra – Maceió/AL – 57017-420 Telefone: (82) 3315-3204 / 3315-3203 Email: nve_heha@saude.al.gov.br
......<b>AMAZONAS</b> (AM) Nome da Instituição: Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) Setor Responsável: Gerência de Malária Endereço: Av. Pedro Teixeira, 25 – Dom Pedro – Manaus/AM – 69040-000 Telefone: (92) 2127-3431 / 2127-3443
......<b>BAHIA</b> (BA) Nome da Instituição: Hospital Couto Maia (HCM) Setor Responsável: Pronto Atendimento do HCM Endereço: Rua Rio São Francisco, s/n – Monte Serrat – Salvador/BA – 40425-060 Telefone: (71) 3316-3084
.......<b>CEARÁ</b> (CE) Nome da Instituição: Secretaria da Saúde do Estado do Ceará / Hospital São José – HSJ (Doenças Infecciosas) Setor Responsável: Urgência Endereço: Rua Nestor Barbosa, 315 – Parquelândia – Fortaleza/CE – 60455-610 Telefone: (85) 3101-2352 / 3101-2323 / 3101-2319
......<b>DISTRITO FEDERAL</b> (DF) Nome da Instituição: Subsecretaria de Vigilância à Saúde/Secretaria de Estado de Saúde do DF Setor Responsável: Núcleo de Controle de Endemias Endereço: hospitais regionais e as UPA, ou entrar em contato com a equipe volante que atende os casos suspeitos de malária. Telefone: (61) 9249-0000 / 9668-2512
......<b>ESPÍRITO SANTO</b> (ES) Nome da Instituição: Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (HUCAM) (centro de referência em malária do viajante) Setor Responsável: Ambulatório de doenças infecciosas e parasitárias (DIP) Endereço: Avenida Marechal Campos, 1355, Ambulatório de DIP (casa 5, fundos) – Santos Dumont – Vitória/ES – 29043-900 Telefone: (27) 3335-7188 Telefax: (27) 3335-7406
Nome da Instituição: Laboratório Central de Saúde Publica do ES (unidade de referência para diagnóstico)
Centros para diagnóstico e tratamento de malária
Setor Responsável: Setor de malária Endereço: Av. Marechal Mascarenhas de Moraes, 2025 – Bento Ferreira – Vitória/ES –29050625. Telefone: (27) 3636-8388/ 3636-8393 Email: lacen.malaria@saude.es.gov.br
Nome da Instituição: Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Secretaria Municipal de Saúde de Colatina Setor Responsável: Laboratório de malária do CCZ (unidade de referência para diagnóstico) Endereço: Estrada Colatina-Barbados, 1055 – Barbados – Colatina/ES –29700-000. Telefone: (27) 3721-1681/ 3721-1978 Email: prefeitura@colatina.es.gov.br; cczcolatina@ig.com.br
Nome da Instituição: Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Secretaria Municipal de Saúde de Linhares Setor Responsável: Laboratório do CCZ (unidade de referência para diagnóstico) Endereço: Avenida Álvaro Garcia Durão, 299 – Três Barras – Linhares/ES – 29901-035 Telefone: (27) 3371-1480/ 3371-4098 Email: zoonose@linhares.es.gov.br
Nome da Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Barra de São Francisco Setor Responsável: Laboratório de malária (unidade de referência para diagnóstico) Endereço: Rua Coronel Djalma Borges, s/n – Centro – Barra de São Francisco/ES – 29800-000 Telefone: (27) 3756-7478 Email: henrriquegoulart@hotmail.com
Nome da Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Aracruz Setor Responsável: Laboratório do CCZ (unidade de referência para diagnóstico) Endereço: Rua Projetada, s/n – Vila Nova – Aracruz/ES Telefone: (27) 3296-1365 Email: semsa.ccz@aracruz.es.gov.br
......<b>GOIÁS</b> (GO) Nome da Instituição: Hospital de Doenças Tropicais (unidade de referência para tratamento) Setor Responsável: Endereço: Av. Contorno Q Área, 3556 km 1 lt 1 – Jardim Bela Vista – Goiânia/GO – 74000-000 Telefone: (62) 3201-3673 / 3201-3674
Nome da Instituição: LACEN/GO - Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (unidade de referência para diagnóstico) Setor Responsável: Imunoparasitárias Endereço: Av. Contorno, 3556 – Jardim Bela Vista – Goiânia/GO – 74853-120 Telefone: (62) 3201-9669
......<b>MARANHÃO</b> (MA) Nome da Instituição: Hospital Universitário “Pres. Dutra” – UFMA Setor Responsável: Clínica Médica Endereço: Rua Barão de Itapary, 227 – Centro – São Luis/MA – 65020-070 Telefone: (98) 3219-1002 / 3219-1003
......<b>MATO GROSSO</b> (MT) Nome da Instituição: Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM)
Setor Responsável: Ambulatório de Infectologia Endereço: Rua Dr. Luiz Phelipe Pereira Leite, s/n – Alvorada – Cuiabá/MT – 78060-900 Telefone: (65) 3615-7253
......<b>MATO GROSSO DO SUL</b> (MS) Nome da Instituição: Secretaria de Estado de Saúde Setor Responsável: Laboratório Central de Mato Grosso do Sul – LACEN Endereço: Rua Filinto Muller, 1660 – Vila Ipiranga – 79074-460 Telefone:
......<b>MINAS GERAIS</b> (MG) Nome da Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Alto Caparaó Setor Responsável: Endereço: Avenida Pico Bandeira, 1199 – Centro – Alto Caparaó/MG – 36836-000 Telefone: (32) 3747-2627 / 3747-2621
Nome da Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Araguari Setor Responsável: Endereço: Rua Dr. Afrânio, 163, sala 15 – Centro – Araguari/MG – 38440-072 Telefone: (34) 3690-3101 / 3690-1906
Nome da Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Arinos – PSF Primavera Setor Responsável: Endereço: Rua Sant' Clair, 20 – Primavera II – Arinos/MG – 38680-000 Telefone: (38) 3635-2511
Nome da Instituição: Faculdade de Medicina (UFMG) Setor Responsável: Pronto Atendimento do Hospital das Clínicas/UFMG Endereço: Av. Profº. Alfredo Balena, 190, Sala 139 - Santa Efigênia – Belo Horizonte/MG – 30130-100 Telefone: (31) 3226-6269
Nome da Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Buritis Setor Responsável: Endereço: Rua Paraná, 496, Centro – Buritis/MG – 38660-000 Telefone: (38) 3671-1139
Nome da Instituição: Laboratório Regional da Gerência Regional de Saúde de Diamantina Setor Responsável: Endereço: Praça da Alvorada, s/n – Bairro Polivalente – Diamantina/MG – 39100-00 Telefone: (38) 3531-1265
Nome da Instituição: Hospital Municipal de Governador Valadares Setor Responsável: Endereço: Rua Teófilo Otoni, 361 – Centro – Governador Valadares/MG – 35020-600 Telefone: (33) 3271-7231
Nome da Instituição: Hospital Municipal Eliane Martins Setor Responsável: Endereço: Av. Felipe dos Santos, 123 – Cidade Nobre – Ipatinga/MG – 35162-369 Telefone: (31) 3828-5651 / 3829-8724
Nome da Instituição: Hospital Filantrópico Márcio Cunha Setor Responsável: Endereço: Av. Engenheiro Kiyoshi Tsunawaki, 41 – Cariru – Ipatinga/MG – 35160-158 Telefone: (31) 3829-9272
Nome da Instituição: Policlínica Municipal de Itabira Setor Responsável: Endereço: Rua Luiz Ventura, 75 – Vila Piedade – Itabira/MG – 35900-205 Telefone: (31) 3839-2289
Nome da Instituição: Unidade Mista de Saúde Setor Responsável: Endereço: Av. 45, 164, Elândia – Ituiutaba/MG – 38304-244 Telefone: (34) 3268-7555
Nome da Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de João Pinheiro Setor Responsável: Endereço: Rua Vicente Antônio de Souza, 705 – João Pinheiro/MG - Telefone: (38) 3561-2799
Nome da Instituição: Laboratório Macrorregional de Saúde Pública de Juiz de Fora Setor Responsável: Endereço: Avenida dos Andradas, nº 222, 3º andar, Palácio da Saúde – Centro – Juiz de Fora/MG – 36100-000 Telefone: (32) 3257 8846 / 3257-8800
Nome da Instituição: Laboratório Macrorregional de Montes Claros Setor Responsável: Endereço: Av. Carlos Ferrante, 435 – Edgar Pereira – Montes Claros/MG – 39400-177 Telefone: (38) 3222-3311 / 3221-5055
Nome da Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Mutum Setor Responsável: Endereço: Rua Dr. João Luiz Alves, 102 – Mutum/MG – 36955-000 Telefone: (33) 3312-1836 / 3312-1278
Nome da Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Paracatu Setor Responsável: Endereço: Rua Dom Serafim, 16 – Arraial da Angola – Paracatu/MG – 38600-000 Telefone: (38) 3671-1139
Nome da Instituição: Hospital Regional Antônio Dias Setor Responsável: Endereço: Rua José Reis, s/n – Centro – Patos de Minas/MG – 38700-180 Telefone: (34) 3818-6000
Nome da Instituição: Laboratório Macrorregional de Pouso Alegre Setor Responsável: Endereço: Rua Amilton Pereira Machado, 41 – Fátima III – Pouso Alegre/MG – 37550-000 Telefone: (35) 3423-1592
Nome da Instituição: Secretaria Regional de Saúde/Secretaria Estadual de Saúde de Teófilo Otoni Setor Responsável: Endereço: Rua Engenheiro Celso, 91 – Centro – Teófilo Otoni/MG Telefone: (33) 3522-4912
Nome da Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Simonésia Setor Responsável: Endereço: Rua Coronel Ardelino de Carvalho, 80 – Centro – Simonésia/MG – 36930-000 Telefone: (33) 3336-1458
Nome da Instituição: Laboratório Macrorregional de Uberaba Setor Responsável: Endereço: Av. Saudade, 1346 – Mercês – Uberaba/MG – 38061-000 Telefone: (34) 3312-1110 / 3321-5622
Nome da Instituição: Faculdade Federal de Medicina do Triângulo Mineiro Setor Responsável: Endereço: Avenida Getúlio Guaritá, s/n – Abadia – Uberaba/MG - 38025-440 Telefone: (34) 3318-5864
Nome da Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia Setor Responsável: Centro de Controle de Zoonoses Endereço: Av. Alexandrino Alves Vieira, 1.423 – Liberdade – Uberlândia/MG – 38401-240 Telefone: (34) 3213-1470 / 3213-1418
Nome da Instituição: GRS Unaí Setor Responsável: Endereço: Av. Gov. Valadares, 1634 – Centro – Unaí/MG – 38610-000 Telefone: (38) 3677-932 / 3677-9308
Nome da Instituição: Superintendência Regional de Saúde de Varginha Setor Responsável: Endereço: Rua Manuel Diniz, 145 – Industrial JK – Varginha/MG – 37062-480 Telefone: (35) 3219-2300
......<b>PARÁ</b> (PA) Nome da Instituição: Instituto Evandro Chagas Setor Responsável: Setor de Saúde do Trabalhador Endereço: Av. Almirante Barroso, 492 – Marco – Belém/PA – 66090-000 Telefone: (91) 3217-3166
......<b>PARAÍBA</b> (PB) Nome da Instituição: Hospital Universitário Lauro Wanderley (UFPB) Setor Responsável: Clínica de Doenças Infecciosas e Parasitárias – DIC Endereço: Campus I, Cidade Universitária – João Pessoa/PB – 58059-900 Telefone: (83) 3216-7058
......<b>PARANÁ</b> (PR) Nome da Instituição: UPA Albert Sabin Setor Responsável: Endereço: Rua Carlos Klemtz, 1883 – Fazendinha – Curitiba/PR – 81320-000
Telefone: (41) 3314-5112 / 3314-5111
Nome da Instituição: UPA Campo Comprido Setor Responsável: Endereço: Rua Monsenhor Ivo Zanlorenzi, 3495 – Campo Comprido – Curitiba/PR – 81210-000 Telefone: (41) 3373-1332
Nome da Instituição: Hospital Municipal de Foz do Iguaçu Setor Responsável: Endereço: Rua Adoniran Barbosa, 370 – Jardim Central – Foz do Iguaçu/PR – 85864-380 Telefone: (45) 3521-1951
......<b>PERNAMBUCO</b> (PE) Nome da Instituição: Hospital Universitário Oswaldo Cruz Setor Responsável: Setor de Infectologia Endereço: Rua Arnóbio Marques, 310 – Santo Amaro – Recife/PE – 50100-130 Telefone: (81) 3184-1200 / 3184-1319
......<b>PIAUÍ</b> (PI) Nome da Instituição: Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela Setor Responsável: Setor de Epidemiologia Endereço: Rua Gov. Raimundo Arthur de Vasconcelos, 151, em frente à Dermatologia do HGV – Centro /Sul – Teresina/PI – 64001-150 Telefone: (86) 3222-4377
......<b>RIO GRANDE DO NORTE</b> (RN) Nome da Instituição: Hospital Giselda Trigueiro Setor Responsável: Núcleo de Vigilância Epidemiológica Endereço: Rua Cônego Monte, 110 – Quintas – Natal/RN – 59037-170 Telefone: (84) 3232-7944
Nome da Instituição: Hospital Rafael Fernandes Setor Responsável: Núcleo de Vigilância Epidemiológica Endereço: Rua Prudente de Morais, s/n – Centro – Mossoró/RN – 59610-100 Telefone: (84) 3315-3484
......<b>RIO GRANDE SUL</b> (RS) Nome da Instituição: Hospital Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre Setor Responsável: Ambulatório de Doenças Infecciosas e Parasitárias (DIP) da UFCSPA Endereço Hospital: Praça Dom Feliciano, s/n – Centro – Porto Alegre/RS Endereço Ambulatório: Rua Prof. Annes Dias, 285 – Centro – Porto Alegre/RS – 90020-090 Telefone: (51) 3214-8080 / (DIP) 2314-8035 / 9968-6076
......<b>RIO DE JANEIRO</b> (RJ) Nome da Instituição: Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Setor Responsável: Centro de Pesquisa, Diagnóstico e Treinamento em Malária (CPDMAL/Fiocruz) Endereço: Av. Brasil, 4365 – Manguinhos – Rio de Janeiro/RJ – 21045-900 Telefone: (21) 3865-9554 / 3865-8145 / 3865-9507 / 3865-9594, (plantão) (21) 9988-0113
......<b>RONDÔNIA</b> (RO) Nome da Instituição: Coordenação Estadual do Programa de Controle da Malária – PECM
Setor Responsável: PECM/GTVAE/AGEVISA/RO Endereço: Av. Nações Unidas, 1.300 – Roque – Porto Velho/Rondônia – 76804-436 Telefone: (69) 3216-5294
Nome da Instituição: Centro de Pesquisa Médica Tropical (CEPEM) Setor Responsável: Endereço: Av. Guaporé, 315 – Lagoinha – 76812-303 Telefone: (69) 3219-6013
......<b>RORAIMA (RR)</b> Nome da Instituição: Hospital Coronel Mota Setor Responsável: Endereço: Av. Coronel Pinto, 636 – Centro – Boa Vista/RR – 69300-00 Telefone: (95) 3224- 9285
......<b>SANTA CATARINA (SC)</b> Nome da Instituição: LACEN (unidade de referência para diagnóstico) Setor Responsável: Endereço: Rua Dom Joaquim Domingues de Oliveira, 100 D – Passo dos Fortes – Chapecó/SC – 89805-170 Telefone:
Nome da Instituição: LACEN (unidade de referência para diagnóstico) Setor Responsável: Endereço: Rua Júlio Gaidizinsk, s/n (em frente ao Hospital São José) – Criciúma/SC Telefone:
Nome da Instituição: Hospital Nereu Ramos Setor Responsável: Endereço: Rua Rui Barbosa, 800 – Agronômica – Florianópolis/SC – 88025-301 Telefone: (48) 3216-9300
Nome da Instituição: LACEN (unidade de referência para diagnóstico) Setor Responsável: Endereço: Rua Felipe Schmidt, 778 – Centro – Florianópolis/SC Telefone:
Nome da Instituição: LACEN (unidade de referência para diagnóstico) Setor Responsável: Endereço: Rua Eliziário de Carli, 795 – Santa Tereza – Joaçaba/SC – 89600-000 Telefone:
Nome da Instituição: LACEN (unidade de referência para diagnóstico) Setor Responsável: Endereço: Rua XV de novembro, 70 – Centro – Joinville/SC – 89201-600 Telefone:
Nome da Instituição: LACEN (unidade de referência para diagnóstico) Setor Responsável: Endereço: Rua Santos Dumont, 131 – Centro – São Miguel D’Oeste/SC – 89900-000 Telefone:
Nome da Instituição: LACEN (unidade de referência para diagnóstico) Setor Responsável: Endereço: Rua Rui Barbosa, 339 – Centro – Tubarão/SC – 88701-600 Telefone:
......<b>SÃO PAULO </b>(SP) Nome da Instituição: Hospital das Clínicas (FMUSP) Setor Responsável: Ambulatório dos Viajantes Endereço: Rua Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 155 - 4º andar, bloco 8 (Prédio dos Ambulatórios) – Cerqueira César – São Paulo/SP – 05403-000 Telefone: (11) 2661-6392 / 2661-8025
Nome da Instituição: Instituto de Infectologia Emílio Ribas Setor Responsável: Núcleo de Medicina do Viajante Endereço: Av. Dr. Arnaldo, 165 – Cerqueira César – São Paulo/SP – 01246-900 Telefone: (11) 3896-1200
Para conhecer as outras unidades de referência para atendimento de malária no estado de São Paulo, acesse: <a href="http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/zoo/malaria12_unid_ref.htm">http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/zoo/malaria12_unid_ref.htm</a>
......<b>SERGIPE</b> (SE) Nome da Instituição: Hospital Universitário Setor Responsável: Infectologia Endereço: Av. Claudio Batista, s/n – Sanatório – Aracaju/SE – 49060-100 Telefone: (79) 2105-1744
......<b>TOCANTINS</b> (TO) Nome da Instituição: Hospital de Doenças Tropicais do Tocantins Setor Responsável: Infectologia Endereço: Avenida José de Brito, 1015 – Setor Anhanguera – Araguaína – 77818-530 Telefone: (63) 3411-6009
Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3906847975488854330.post-53826806033634782772014-04-25T03:51:00.002-07:002019-04-12T05:33:27.477-07:00MALÁRIA NO BRASIL, EM PARTICULAR NO RIO DE JANEIRO.
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Casos de malária no Rio de Janeiro assustaram muita gente e até virou notícia em Nova York, alguns ficaram estarrecidos em ver doença do século passado ou de épocas passadas, presente e assolando nossa população em dias atuais, outros colocaram a culpa nos mosquitos <i>Anopheles</i> da Mata Atlântica, outros se apressaram em dar explicações referentes à origem dos plasmódios, outros acham que é uma doença sem controle ou de controle impossível, outros acham que nossos macacos de nossa Floresta Atlântica são os culpados e outros infelizmente acham que quando não chove nossos mosquitos ficam mais revoltados e formam exércitos numerosos e aglomerados tornando-se potentes transmissores de malária e outros acham que é assim mesmo e que os casos de malária no Rio de Janeiro ocorrem por que Deus assim quer. Nossos controladores de epidemias e endemias estaduais e municipais sentem-se impotentes diante de 14 ou 18 casos de malária, alguns ainda sem definição epidemiológica. Que caos!
No Brasil, anualmente, ocorrem milhares de casos de malária na Amazônia e algumas centenas de óbitos todos os anos. Tanto os casos daqui quanto os de lá merecem esse mesmo nível de preocupação de pesquisadores, da mídia e da população daqui do sudeste. Afinal todos são brasileiros expostos ao risco de contrair a doença.
Na Amazônia, o amazônida é vítima de sua própria malária, porque uma grande parte dos casos não é tratada com a velocidade que o controle da endemia requer. Além de estarem permanentemente expostos a mosquitos transmissores não é raro encontrar pessoas que já contraíram múltiplas malárias. A doença faz parte do cotidiano de vida dessas pessoas.
A malária, como doença das mais negligenciadas no Brasil e no mundo se mantém endêmica porque o modelo de controle praticado não só no Brasil, mas também nos outros mais de 100 países endêmicos, não conseguem romper o ciclo da doença, que seria tratar e isolar o homem doente ou retirá-lo da frente dos mosquitos transmissores, ou até mesmo retirá-los das áreas de transmissão, simples assim. Qual é o custo disso? Um quarto telado com o doente em tratamento dentro rompe o ciclo da doença numa área de transmissão, acreditem!
Não precisamos controlar mosquitos para ter o controle da doença, até porque não conseguiremos. Um caso de malária ou dengue só acontece porque doentes sem tratamento ficaram expostos aos mosquitos transmissores. O mosquito da malária para se infectar precisa picar alguém doente. Sem doentes expostos não temos mosquitos infectados nem transmissão de malária.
Controlar dengue é mais complexo porque o mosquito da dengue já nasce infectado se a fêmea que fez a postura dos ovos estiver infectada com o vírus da dengue. Uma única fêmea coloca em circulação centenas de novos mosquitos infectados com o vírus da dengue. É assim que começa a explosão de uma epidemia. Essa é uma das razões do número expressivo de casos e de surtos epidêmicos localizados.
Controlar mosquitos em áreas urbanas ou peri-urbanas através de eliminação de criadouros é importante porque mosquitos são insetos que incomodam e podem transmitir doenças se se infectarem. Um mosquito não infectado não transmite nada, só incomoda porque ele precisa se alimentar de sangue para sobreviver, e o sangue humano está nesse cardápio. Enquanto a culpa do aparecimento de casos for dos mosquitos e da população que não faz seu controle, essas doenças com essas características de transmissão continuarão endêmicas e sem controle em todos os lugares. A própria natureza faz o controle desses insetos naturalmente através de seus naturais predadores e de variações climáticas. Reparem que depois de um grande temporal temos poucos mosquitos sobreviventes.
O Rio de Janeiro já foi um Estado endêmico de malária até a década de 1960, isto é, havia registros de casos de malária todos os dias em vários municípios. Era como a nossa dengue hoje, há registro de casos todos os dias, por isso se tornou endêmica.Como exemplo, em 1965, que não é uma data tão distante assim, em Nova Iguaçu, município de nossa baixada fluminense ocorreram 1.565 casos de malária, em 1966 um pouco menos até que em nossos dias atuais não ocorrem mais transmissão de casos autóctones naquele município. A urbanização, o desmatamento, o uso de inseticidas e o tratamento dos casos diminuiu a possibilidade de transmissão da doença. Com relação aos mosquitos transmissores daquela época, eles continuam por lá em algumas regiões, só que mais especializados. Até algumas décadas atrás ainda ocorriam poucos casos de transmissão autóctone em Nova Iguaçu.
Um caso autóctone de malária é aquela situação em que os mosquitos <i>Anopheles</i> transmissores da doença e os plasmódios, agentes etiológicos da doença pertencem ou circulam numa mesma região. E o homem que é picado por esse mosquito infectado e que contrai a doença pode ou não pertencer à região em que circulam os plasmódios e os mosquitos <i>Anopheles</i>. Quando isso acontece estamos numa região endêmica ou de transmissão de malária.
Em outras palavras, a maioria dos que contraíram malária em Nova Iguaçu em 1965 foram considerados casos autóctones porque havia em Nova Iguaçu mosquitos transmissores e plasmódios circulando ou com pessoas doentes ou com mosquitos infectados naquela região. Nem todos que contraíram malária em Nova Iguaçu naquela época eram de Nova Iguaçu.
Outra coisa, eu disse a maioria porque alguns desses 1565 casos foram casos classificados como importados de outras regiões do país ou do exterior. Esses poucos casos importados entraram na contabilidade de Nova Iguaçu porque foram diagnosticados e tratados lá. Casos importados são aqueles em que a transmissão se dá em uma determinada região e o diagnóstico e o tratamento em outra. A região que o diagnostica classifica esse caso como importado de tal lugar.
O que aconteceu em Nova Iguaçu aconteceu também em toda região extra-amazônica brasileira, isto é, estas regiões transformaram-se em regiões de transmissão interrompida pelo tratamento de casos e não pela eliminação dos mosquitos transmissores, que continuam distribuídos praticamente por todo o país. Todas essas regiões da extra-amazônia brasileira hoje estão vulneráveis a ocorrência de episódios de reintrodução da doença por possuírem mosquitos transmissores e circulação de casos importados sintomáticos ou assintomáticos de malária vindos de várias regiões normalmente endêmicas. Esse é o risco de reaparecer malária nesses locais
.
A malária de Mata Atlântica no Brasil, que ocorre nas regiões de Mata Atlântica de Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo têm algumas características: têm o <i>P. vivax</i> como agente etiológico, plasmódio esse, sensível a alguns antibióticos e antimaláricos, casos com baixa parasitemia, sintomas exuberantes em primo infectados, isto é, em pessoas que estão contraindo malária pela primeira vez, o <i>Anopheles cruzii</i> como principal mosquito transmissor que se procria em bromélias presentes na floresta e um número inexpressivo de casos se comparado com o número de casos amazônicos.
As bromélias são plantas que acumulam água em suas folhas e abrigam diversos predadores das larvas e das formas adultas desses mosquitos. Normalmente a densidade desses mosquitos é baixa em função da existência de predadores e da quantidade de bromélias existentes na mata. São Paulo é o Estado que mais detecta esses casos.
Uma grande parte desses casos é diagnosticada na rede pública e particular como febre de origem obscura. Esses casos transformam-se em casos perdidos epidemiologicamente quando diagnosticados como febre de origem obscura e tratados com antibióticos. Alguns desses pacientes se curam de uma malária que sequer saberão que contraíram, quando tratados e diagnosticados dessa forma.
Outro problema nessas regiões é a presença de pacientes assintomáticos, que são pacientes que tem o plasmódio no sangue, produzem gametócitos e infectam mosquitos. Como a parasitemia é baixa nesses pacientes, a oferta de gametócitos também é baixa, e, por conseguinte a infectividade nos mosquitos também é baixa. A infectividade está relacionada com a quantidade de formas plasmodiais infectantes presente na glândula salivar do mosquito transmissor. Os gametócitos são as formas plasmodiais infectantes para o mosquito e parasitemia se refere à quantidade de protozoários presentes no sangue do paciente com malária.
Na Amazônia e nos outros países endêmicos os pacientes assintomáticos são tão negligenciados como a própria doença. Sequer são detectados e muito menos considerados caso. Esse é um problema que tem proporções continentais no planeta e que não faz o controle da endemia caminhar. Esses pacientes devem ser diagnosticados e tratados como se sintomáticos fossem, sob pena de manterem o plasmódio em circulação na região onde se encontram, infectando mosquitos e mantendo a malária como endêmica.
No Rio de Janeiro, Nova Friburgo foi o Município que mais identificamos e estudamos esses pacientes através de inquéritos sorológicos para <i>P. vivax</i> e esfregaços sanguíneos. O controle dessa malária de Mata Atlântica passa pela identificação e tratamento desses pacientes assintomáticos de malária.
Enquanto esses casos não forem diagnosticados e tratados como se sintomáticos fossem, o esperado é que ocorram novos e esporádicos casos de malária nessas regiões. Essa malária de Mata Atlântica não é letal, mas causa o desconforto da toxicidade e das lesões celulares e teciduais de toda malária. Em pacientes imunodeprimidos e mulheres grávidas essa malária por <i>P. vivax</i> pode trazer complicações clínicas graves.
Outro problema no Rio de Janeiro se refere à magnitude da letalidade por malária que por aqui ficou dezenas de vezes maior que na Amazônia nos últimos anos, considerando a desinformação assistencial sobre a doença e ao fato de não se pensar em malária diante de um paciente febril vindo de área de transmissão da doença. Isso leva ao óbito desnecessariamente pelo retardo de diagnóstico e tratamento pacientes que contraíram a doença em áreas endêmicas, principalmente aqueles que vêm de países Africanos e Asiáticos. Não são poucos os brasileiros que contraem malária por <i>P. Falciparum</i> em Angola, alguns morrem por lá e outros morrem por aqui por desinformação quando retornam. O desconhecimento do período de incubação ajuda o próprio doente a não pensar em malária e muitas vezes a se automedicar contra os principais sintomas como febre, diarréia, vômitos, dor abdominal, dor de cabeça ou mal estar geral.
O Brasil é um país endêmico de malária. Essa possibilidade de diagnóstico deve ser sempre levantada diante de um paciente febril, principalmente por causa dos casos importados que migram de um lugar para o outro levando junto os plasmódios e a doença.
Malária é uma doença que evolui muito rapidamente para suas formas graves e o óbito se não for diagnosticada e tratada, principalmente a causada pelo <i>P. Falciparum</i>, aliás, malária por esse protozoário deve ser considerada sempre como uma emergência médica em função da gravidade das complicações clínicas. Sequelas neurológicas por malária em crianças que desenvolveram as formas graves da doença e sobreviveram representam um enorme fardo para a sociedade e para a saúde pública. Os países africanos conhecem essa história mais do que ninguém e sentem-se impotentes diante desse problema. Malária por <i>P. falciparum</i> em crianças na Amazônia, nos países amazônicos e na América Central não é muito diferente. Todos nós assistimos a tudo isso passivamente e de braços cruzados.
O controle da malária enfrenta problemas continentais de toda ordem e continua pedindo socorro no planeta! O produtivo seria correr atrás do homem doente e ir atrás dele de forma profissional, querendo achá-lo e querendo tratá-lo. Os mosquitos são gigantescamente numerosos, especializados e de controle impossível. Os mosquitos só se infectam e transmitem as antroponoses como malária, dengue e agora chikungunya se picarem e se alimentarem com o sangue do homem doente. Só temos a natureza, os predadores, as variações climáticas e algum conhecimento a nosso favor para controlá-los. Não esperem por uma vacina eficaz contra a malária tão cedo. Os mosquitos transmissores e os plasmódios estão sempre dois passos à frente de tudo que conseguimos saber sobre eles.
<b>Dr Wanir José Barroso<i></i></b>, sanitarista, especialista em epidemiologia e controle de endemias pela Fiocruz/RJ e ex-coordenador do Programa de Controle de Malária no Rio de Janeiro.
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Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3906847975488854330.post-72004133002677356402013-07-09T14:26:00.001-07:002014-04-11T12:06:44.662-07:00MALÁRIA NO BRASIL - TRISTE REALIDADE ...<iframe width="420" height="315" src="//www.youtube.com/embed/WZc-IX0r_rw" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
Pesquisadores conseguem avanços no combate da malária no Amazonas
<a href="http://glo.bo/1e3qTKh">http://glo.bo/1e3qTKh</a>
Diagnóstico e tratamento de caso importado de malária que evoluiu para a forma grave em Santos/SP.
<a href="http://www.revistamedicaanacosta.com.br/9(1)/artigo_5.htm">http://www.revistamedicaanacosta.com.br/9(1)/artigo_5.htm</a>
FOLDER"CONHEÇA A MALÁRIA"<a href="http://www5.ensp.fiocruz.br/biblioteca/dados/txt_569194722.pdf">http://www5.ensp.fiocruz.br/biblioteca/dados/txt_569194722.pdf</a>
<a href="https://www.youtube.com/watch?v=WZc-IX0r_rw">https://www.youtube.com/watch?v=WZc-IX0r_rw
</a>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3906847975488854330.post-52833239892830805132012-12-17T03:08:00.000-08:002014-04-24T19:04:50.090-07:00Avaliações da malária norte americana (USA). Avaliações da malária em Manaus e no Acre/Brasil. Contrastes da doença e dos doentes.
Every year, millions of US residents travel to countries where malaria is present. About 1,500 cases of malaria are diagnosed in the United States annually, mostly in returned travelers.CDC/USA <a href="http://www.cdc.gov/features/dsmalariasurveillance/index.html">http://www.cdc.gov/features/dsmalariasurveillance/index.html */a></a>
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Hoje não são muitos os americanos que contraem ou morrem de malária, mas ela já assolou o território americano e fez muitas vítimas em épocas não muito distantes. Hoje ainda a malária continua sendo um problema de saúde pública continental dos mais sérios em vários países, inclusive nos de primeiro mundo, que tem muitos casos importados, que são aqueles casos em que se contrai a doença em um lugar normalmente endêmico (com registro de casos) e o diagnóstico e o tratamento é feito em outro, em função da movimentação das pessoas com malária e do período de incubação que pode variar de 8 a 30 dias ou mais. O período de incubação é aquele período em que não há sintomas e que corresponde a fase hepática da doença. Nos países de primeiro mundo e nas regiões de transmissão interrompida como em algumas regiões do Brasil, da América e da Europa os recursos assistenciais e laboratoriais para a malária são escassos, concentrados em algumas regiões e pouco divulgados o que favorece muito o aumento do risco de se morrer de malária simplesmente porque não se pensa em malária como possibilidade de diagnóstico. Hoje no planeta meio bilhão de pessoas são atingidas pela malária e centenas de milhares vão ao óbito todos os anos ou por falta ou por retardo de diagnóstico e de tratamento de uma doença que não tem vacina mas tem cura. São mais de 100 países endêmicos, todos localizados em sua faixa tropical, inclusive o meu país, o Brasil. Em locais onde não há doentes com malária mas existe mosquitos transmissores, não temos transmissão da doença. Não podemos controlar ou erradicar mosquitos em lugar nenhum, mas podemos identificar e tratar os doentes com malária em todos os lugares. Se fizermos isso, podemos dizer que estamos dando enormes passos para o controle da doença. Não precisamos erradicar os mosquitos transmissores para ter a malária sob controle em lugar nenhum, até porque não conseguiremos, e muito menos culpá-los por esse gigantesco número de casos, pois eles também estão em luta pela preservação da espécie. Enquanto houver sol, chuva, floresta e água em nosso planeta haverá vida e mosquitos transmissores de várias doenças, inclusive os de malária. Eu e certamente no mínimo mais meio bilhão de pessoas ficaríamos imensamente agradecidos se você também hasteasse a bandeira do controle da malária no planeta, pois seu controle é responsabilidade de todos e tem dimensões continentais, e mais do que isso, precisamos sair da condição de expectadores desse sofrimento humano. Wanir Barroso, sanitarista, especialista em epidemiologia e controle de endemias pela Fiocruz-Brasil. Link dos vídeos:
<a href="https://www.youtube.com/watch?v=p_jwEsolJkw">https://www.youtube.com/watch?v=p_jwEsolJkw</a>
a>
<a href="https://www.youtube.com/watch?v=tT4OZC3w7TQ">https://www.youtube.com/watch?v=tT4OZC3w7TQ</a>Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3906847975488854330.post-79857850231504924052012-11-14T13:12:00.000-08:002014-04-11T12:03:37.634-07:00Malária - informações importantes e fotos comoventes<a href="<iframe width="420" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/TDodZunX1Ks" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>"><iframe width="420" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/TDodZunX1Ks" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></a>
"Congratulações à Professora Claudia Renata e seus alunos pela produçao deste vídeo e por abraçar esta causa com tanta competência. São verdadeiras e comoventes a situação apresentada sobre a malária nos países africanos. Lembrando que situação dos outros países endêmicos e do Brasil não é muito diferente entre os que contraem a malária. Vejam também os vídeos de Anajás e Oeiras na Ilha de Marajo no Estado do Pará, <a href="http://malariabrasil.blogspot.com.br/2011/07/triste-realidade-da-malaria-na-amazonia.html">http://malariabrasil.blogspot.com.br/2011/07/triste-realidade-da-malaria-na-amazonia.html </a>. Quanto ao acesso malárico, este culmina com a febre que corresponde ao momento em que as hemácias estão se rompendo. Quanto maior o número de hemácias que se rompem ao mesmo tempo maior a febre. As hemácias que se rompem são os esquizontes sanguíneos, que nada mais são do que as hemácias repletas de protozoários maduros que nascerão prontos para invadirem novas hemácias quando lançados na corrente sanguínea. Se o tratamento não for iniciado rapidamente a doença segue seu curso para as complicações clínicas e as formas graves da doença através da intensa destruição celular sanguínea que desestabiliza o funcionamento de vários órgãos. Os primeiros órgãos a sentirem os efeitos dessa devastação celular são os rins, o fígado e o baço. Se o paciente for picado por mosquitos infectados de manhã e à noite ele desenvolverá duas malárias ao mesmo tempo com muitos picos febris e intervalos menores entre cada febre, pois terá protozoários em vários estágios evolutivos diferentes. Terá também grupos de esquizontes sanguíneos amadurecendo e se rompendo em períodos mais curtos, alterando dessa forma o sincronismo "normal" dos episódios febris característico de cada espécie. Considere-se também que os protozoários não chegam juntos ao fígado na fase inicial da doença. Esse sincronismo irregular de períodos febris confunde inclusive os mais experientes em relação à sintomatologia e ao diagnóstico clínico. Antes de chegar ao sangue, ocorre no fígado a grande multiplicação celular dentro dos hepatócitos, também chamada de esquizogonia primária. Nesta fase não há sintomas e esta corresponde ao perídodo de incubação da doença no homem, que varia de 8 a 30 dias ou mais. O maior ou menor período de incubação na malária dependente de vários fatores como: espécie parasitária causadora da malária, situação imunológica e clínica do paciente, uso de medicamentos, múltiplas malárias anteriores, entre outros. O ciclo hepático na malária na verdade não é um ciclo porque os protozoários que saem do fígado não reinfestam novas células hepáticas e sim invadem as hemácias. Os protozoários oriundos dos esquizontes hepáticos ou sanguíneos têm como alvos novas hemácias, que são células das mais especializadas por garantir a sobrevivência de todas as demais células humanas. O <i>Plasmodium</i> sabe utilizá-la com toda habilidade biológica e sem limitações para garantir a perpetuação da espécie e manutenção da doença. A fase de suor intenso após cada pico febril corresponde ao momento em que os protozoários que saíram das hemácias que se romperam estão invadindo novas hemácias. Se o diagnóstico e o tratamento não forem realizados rapidamente a situação clínica do paciente se agrava a cada momento, com distúrbios metabólicos cada vez mais complexos e complicações clínicas que culminam com a falência de vários órgãos como os rins, o baço, o fígado, os pulmões e o cérebro principalmente se o <i>Plasmodium</i> for o <i>falciparum</i>, responsável por quase 100% dos óbitos por malária no planeta. Casos com falência de órgãos são casos graves que necessitam de internação e tratamento médico intensivo. Crianças, idosos, mulheres grávidas, os que contraem malária pela primeira vez e portadores de outras doenças infecciosas normalmente desenvolvem quadros graves de malária independente da parasitemia, ou seja, do número de protozoários no sangue. Casos de malária cerebral em crianças que sobrevivem representa um enorme fardo para a saúde pública e para a sociedade em funçao das mais variadas formas de sequelas neurológicas deixadas pela doença. Crianças são alvos implacáveis do mosquito transmissor e do <i>Plasmodium</i> e as mais vulneráveis ao óbito. Os que contraem a doença e permanecem em áreas de transmissão sem diagnóstico e tratamento ajudam a manter a malária como endêmica, simplesmente por estarem doentes e expostos aos mosquitos transmissores, tornando-se uma fonte inesgotável de gametócitos que o mosquito precisa para manter o ciclo da doença e perpetuação da espécie de <i>Plasmodium</i>. Enfim, fica como conclusão que para contrair a doença basta ser picado por um mosquito <i>Anopheles</i> infectado com o <i>Plasmodium</i> e para um mosquito se infectar basta picar alguém doente. Sem doentes não temos mosquitos infectados e sem mosquitos infectados não temos transmissão de malária. Esse é o papel secundário que o mosquito tem no contole da doença, não precisamos controlá-lo para se conseguir o controle da doença, até porque não conseguiremos, pois enquanto houver água, chuva, sol e floresta haverá vida, em que o mosquito e outros insetos sabem usar como ninguém para sobreviverem e garantirem a perpetuação da espécie. Ao retirar o homem doente da frente dos mosquitos transmissores rompe-se a infecção no mosquito, parte mais frágil do ciclo evolutivo da doença. O aparecimento de novos casos é dependente disso. Enquanto se pensar que para controlar doenças transmitidas por picada de mosquitos a culpa é do mosquito e da população que não faz o seu controle, essas doenças continuarão endêmicas e sem controle. Essa é a principal causa da endemicidade da malária em todas as áreas endêmicas do planeta, inclusive no Brasil. Pois é, não é de hoje que a malária anda caminhando com suas próprias pernas, com suas poucas pernas e com suas curtas pernas. Precisamos deixar de lado o nosso silêncio e sair da condição de expectadores desse sofrimento humano,...pensem nisso!" WANIR BARROSO, sanitarista.
<a href="https://www.youtube.com/watch?v=TDodZunX1Ks">https://www.youtube.com/watch?v=TDodZunX1Ks</a>
Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3906847975488854330.post-64419078714661292612012-10-28T05:45:00.000-07:002012-11-10T09:00:01.475-08:00O SEQUENCIAMENTO DOS GENOMAS DO P. FALCIPARUM, DO A. GAMBIAE E ALGUMAS DE SUAS IMPLICAÇÕES NO CONTROLE DA MALÁRIA HUMANA. (Revisão-atualização)<i></i>
A malária humana é a antroponose de maior prevalência no planeta, isto é, nenhuma outra doença do homem, transmitida ao próprio homem através de alguns mosquitos do gênero <i>Anopheles</i>, atinge e mata um número tão grande de pessoas. O sequenciamento dos genomas fornecem a base para futuros estudos dos agentes etiológicos e dos transmissores da doença e poderão ser explorados na busca de novos medicamentos e vacinas, ou outras estratégias para controlar a expansão da doença. Apesar de mais de um século de esforços, estes foram poucos, negligenciados, pontuais e incapazes de erradicar ou controlar a malária. A malária continua sendo uma ameaça importante e crescente para a saúde pública mundial e para o desenvolvimento econômico dos países nas regiões tropicais e subtropicais do planeta. Estima-se há vários anos que ocorram cerca meio bilhão de casos anuais que causam cerca de 3 a 5 milhões de óbitos, sendo em sua maioria crianças com menos de 5 anos de idade. Ela está distribuída por mais de 100 países, em cerca de 112 áreas endêmicas que abrigam e expõem ao risco de contraí-la em torno de 40% da população mundial em sua região tropical.
Os genes, que se encontram em todas as células dos seres vivos, são macromoléculas que contêm praticamente todas as informações sobre o funcionamento da célula onde se encontram.
A determinação do seqüenciamento dos genomas do <i>P. falciparum</i> e do <i>A. gambiae </i>não deixa de ser antológica, histórica e memorável. O <i>A. gambiae</i> pela transmissão de um alto percentual de malária na África, onde ocorre cerca de 90% da malária do planeta, e o <i>P. falciparum</i> por ser responsável pela quase totalidade dos óbitos por malária.
Estes estudos e, principalmente seus desdobramentos, podem vir a dividir a história da malária no planeta em duas etapas distintas - a era anterior ao conhecimento do genoma dos elementos do ciclo evolutivo da doença e a era pós-conhecimento, assim como aconteceu com a descoberta dos medicamentos antimaláricos, influenciando de forma grandiosa na redução de sua letalidade em meados do século passado.
Essa determinação seqüencial poderá nos proporcionar conhecer quais e quantos são os genes desses dois seres, as funções que desempenham, além de oferecer a oportunidade de encontrar respostas para as numerosas perguntas de vários determinantes biológicos da doença que ainda estão parcialmente respondidos ou simplesmente ainda estão sem respostas.
O <i>P. falciparum</i> é um protozoário extremamente eficiente na transmissão, na instalação da doença e na aquisição de resistência aos medicamentos antimaláricos, além de não ter predileção em parasitar hemácias de qualquer idade, e se multiplicar como nenhum outro protozoário, o que contribui para o desenvolvimento das formas graves da doença ou até mesmo o óbito num período de tempo extremamente curto, deixando grave a situação clínica de pacientes que apresentam retardo de diagnóstico e tratamento.
A malária causada por este protozoário se instala transpondo barreiras de contenção imunológicas com eficiência e velocidade invejáveis aos outros plasmódios que também causam malária humana.
Tudo é impressionante neste protozoário unicelular, principalmente a sua multiplicação celular, extremamente veloz e numericamente grande para ocorrer dentro de pequenas e especializadas células como o hepatócito e a hemácia. A cada invasão celular são formados novos batalhões de protozoários que já nascem prontos e treinados para invadir novas células e formar novos batalhões. É uma guerra desigual, em que o homem perde a vida em poucos dias se nada for feito para detê-los. E em algumas dessas batalhas, esses exércitos ainda conseguem destruir ou inativar a principal arma humana existente, os medicamentos antimaláricos. Nossos soldados imunológicos, os anticorpos específicos, não conseguem conter exércitos numerosos e com a velocidade necessária. A doença se instala exatamente no momento em que esta batalha dá sinais de derrota. Toda a massa de protozoários formada no interior das células humanas tem suas proteínas fabricadas a partir de aminoácidos de origem humana, ou seja, o paiol de suprimentos dos protozoários, são as próprias células humanas que estão sempre disponíveis ao exército inimigo.
De cada esporozoíto (forma infectante para o homem) do <i>P. falciparum</i> injetado durante a picada do mosquito transmissor, esse se transforma, após o rompimento do esquizonte hepático, em cerca de 40 mil novas formas plasmodiais no fígado do paciente e essas, quando caem na corrente sangüínea, invadem rapidamente cerca de igual número de hemácias e ficam se multiplicando indefinidamente por cerca de 25 vezes ao final de cada volta do ciclo eritrocitário, ou de cada pico febril, se não houver diagnóstico e intervenção medicamentosa.
Na terceira volta do ciclo eritrocitário ou terceiro acesso febril, por exemplo, um único esporozoíto que penetrou pela picada do mosquito infectado geraria cerca de 625 milhões de novas formas plasmodiais, chamadas merozoítos sangüíneos que invadiriam igual número de hemácias e se multiplicariam por 25 vezes novamente, reinfestando cerca de 15,6 bilhões de novas hemácias.
Um dado real: no Rio de Janeiro, em 1998, um paciente que contraiu malária por <i>P. falciparum</i> em Angola, na África, permaneceu por desinformação, 8 dias com sintomas e sem tratamento. Em função deste pequeno retardo de diagnóstico, ele apresentou uma parasitemia com cerca de 1,2 milhões de hemácias parasitadas por milímetro cúbico de sangue no oitavo dia da fase sintomática quando foi diagnosticado, isto é, cerca de quase 25% de seu volume sangüíneo estava comprometido pelos plasmódios. Este paciente veio a desenvolver falência de vários órgãos como os rins, o fígado e os pulmões, atingiu o coma malárico com evolução para o quadro de malária cerebral, culminando com falência terapêutica, irreversibilidade dos quadros de falência de órgãos e o óbito.
A hemácia é uma célula vital para a sobrevivência de todas as células do organismo e que tem por principal função levar suprimento metabólico e oxigênio para todas as demais células do organismo. E é justamente essa célula que o <i>Plasmodium</i> utiliza com maior eficiência para sobreviver, se multiplicar e gerar os gametócitos (forma infectante para o mosquito) necessários para perpetuação da espécie, isso à custa da destruição de bilhões de hemácias a cada pico febril.
Não menos impressionante é a participação dos mosquitos transmissores de malária como componente do ciclo evolutivo da doença, que se multiplicam às centenas de cada vez, necessitam sempre de ingestão de sangue humano ou animal para realizar a maturação de seus ovos, sem o qual a postura não se dá. Seus ovos, larvas e pupas se preservam pelo mimetismo, ou seja, tomam a cor e características do ambiente onde vivem para camufladamente não serem localizados por seus predadores. A fêmea, responsável pela multiplicação, preservação da espécie e transmissão da doença é capaz, através de em uma única cópula, armazenar todos os espermatozóides de que necessita para autofecundar todos seus ovos durante a postura e com eficiência de quase 100%.
Os mosquitos machos vivem cerca de 2 semanas e as fêmeas cerca de 2 meses no meio ambiente. Os mosquitos-machos têm apenas a importante missão de produzir espermatozóides em tempo recorde, conseguir copular pouquíssimas vezes e deixá-los armazenados com a fêmea, que os utilizará somente se houver ingestão de sangue, fato que garantirá a perpetuação da espécie em mais essa etapa de luta pela sobrevivência. Desgosto à parte, por estar limitado a uma dieta pobre, ter que suportar os prazeres diferenciados da fêmea, não gozar intensamente da vida em sociedade, não comandar diretamente o processo de fecundação e morrer sem conhecer sua prole, a curtíssima sobrevida dos machos têm ainda razões desconhecidas ou será que poderá estar relacionada com a não ingestão de proteínas pela ausência de aparelho picador?
Assim como as tartarugas, nem todos os ovos fecundados se tornarão mosquitos adultos, em função da existência de predadores naturais em suas diversas fases evolutivas. Um único mosquito-fêmea pode conseguir se infectar mais de uma vez e com mais de uma espécie de <i>Plasmodium</i> ao mesmo tempo, o que a fará transmitir ao homem o que chamamos de malária mista, que é complexa e grave.
Em uma outra proeza, estes mosquitos ao picarem o homem doente, ingerem todas as formas plasmodiais existentes no sangue do paciente doente e somente os gametócitos masculinos e femininos dão continuidade às etapas de evolução no mosquito fêmea. Após a fecundação dos gametócitos que ocorre no estômago do mosquito, forma-se o oocineto, uma espécie de embrião que consegue perfurar e atravessar o estômago do mosquito, formando em sua parte externa os oocistos (pequenas vesículas) que amadurecerão e irão se romper liberando, na cavidade abdominal do mosquito, cerca de 6 à 8 mil esporozoítos por par de gametócitos ingeridos e fecundados.
O estômago de um mosquito infectado chega a apresentar dezenas de oocistos em sua parede externa. Após o rompimento destes, os esporozoítos se espalharão por todo o corpo do mosquito e posteriormente migrarão para suas glândulas salivares, quando estarão prontos para transmitir a doença em tantos quantos picarem, até ocorrer o esgotamento parasitário por injeção destes através da picada ou por morte dos protozoários na glândula salivar, que ocorre naturalmente em cerca de dois meses. Desde a ingestão de gametócitos pelos mosquitos até a formação de esporozoítos infectantes passam-se cerca de 10 a 12 dias, que corresponde ao período de incubação extrínseco do ciclo evolutivo da doença.
Os níveis de infectividade do mosquito se dão pela quantidade de esporozoítos presentes em sua glândula salivar. Quanto maior este número, maior sua infectividade, maior a carga parasitária injetada no momento da picada e maiores as chances da doença se instalar.
Desconhece-se, por exemplo, os mecanismos pelos quais os esporozoítos passam da parte externa para dentro das glândulas salivares do mosquito, que proporção consegue penetrar e que proporção fica retida e por quê? Nem todos os esporozoítos formados se tornam formas infectantes por não conseguirem chegar às glândulas salivares. Será por obediência ao princípio de seleção natural onde só os mais capazes conseguem penetrar e sobreviver? Ou será que é necessário que uma parcela de esporozoítos se sacrifique em ficar de fora da glândula ou em abrir caminhos para que outra parcela penetre deixando o mosquito em condições de cumprir a infecção no homem? Será que existem esporozoítos operários como existem as abelhas operárias? Qual o verdadeiro motivo deste comportamento entre estes protozoários?
Todas essas funções e realizações desses dois seres vivos são comandadas por complexos e ainda desconhecidos mecanismos.
A comparação gênica entre seres semelhantes certamente ajudará, por exemplo, a desvendar numerosos mistérios biológicos, mecanismos de eficiência em multiplicação celular e em sobrevivência de seres nas mais adversas condições de vida. Quem sabe os caminhos da longevidade humana não estão a poucos passos de serem descobertos? Quantos e quais genes têm a mesma função nos insetos dos gêneros <i>Anopheles</i> e <i>Drosophila</i>? Um transmite a malária humana o outro é uma inerte mosquinha de fruta.
Numerosas perguntas sobre o comportamento da doença, mecanismos de eficiência relacionados com a sobrevivência e multiplicação celular do <i>Plasmodium</i>, tanto no homem como no mosquito além da efetiva resposta humana que não consegue impedir a multiplicação celular do protozoário com a velocidade necessária, ainda estão sem respostas ou parcialmente respondidas.
Muitos questionamentos ainda carecem de esclarecimentos que ajudarão a dar novos rumos ao controle e quem sabe à erradicação da malária no planeta. Abaixo, alguns destes questionamentos ainda por serem desvendados ou melhor esclarecidos:
• Que estruturas moleculares dos plasmódios participam ou são responsáveis pelos mecanismos de resistência às drogas antimaláricas?
• Que mecanismos e estruturas comandam a formação e a diferenciação de gametócitos e merozoítos sangüíneos nas hemácias parasitadas do homem doente?
• Por que somente 5 espécies de <i>Plasmodium</i> conseguem causar malária humana?
• Por que o <i>P. falciparum</i> se multiplica com uma velocidade incrivelmente maior que os outros plasmódios humanos e porque somente os esquizontes destes se fixam na parede interna dos vasos sangüíneos?
• Por que o <i>Plasmodium</i> cumpre tantas etapas de evolução no homem e se transforma a cada etapa em uma nova forma plasmodial para desenvolver a doença?
• Por que o <i>P. ovale</i> ficou restrito a uma região da África Oriental e não se espalhou pelo mundo como o <i>P.</i><i>vivax</i>,o <i>falciparum</i> e o <i>malariae</i>? E por que o <i>P. knowlesi</i>, até pouco tempo atrás causava apenas malária em primatas e agora também causa malária humana? Que evolução aconteceu a nível de receptores?
• Por que o fígado humano foi eleito pelo <i>Plasmodium</i> para desenvolver a esquizogonia primária e as hemácias a esquizogonia secundária?
• Em que exato momento a malária deixa de ser infecção para se tornar doença?
• Por que das mais de 360 espécies de mosquitos do gênero <i>Anopheles</i>, apenas cerca de 54 destas conseguem se infectar com o <i>Plasmodium</i> e transmitir a malária?
. Por que somente a população geneticamente negra tem uma proteção extra contra o <i>P. vivax</i>?
• Que mecanismos fantásticos de proteção possuem os mosquitos do gênero <i>Anopheles</i> para suportar imensas cargas parasitárias estranhas ao seu organismo, terem seus estômagos e glândulas salivares perfuradas e cicatrizadas múltiplas vezes, realizar o esgotamento parasitário naturalmente, conseguirem se reinfectar e ainda sobreviver frente a um protozoário tão letal para o homem?
• Que proporção de esporozoítos é necessária ser injetada pelo mosquito para romper a barreira imunológica no homem e desenvolver a doença? Negligências de toda ordem, resistência à drogas antimaláricas e inseticidas, decadência da infra-estrutura de saúde pública, movimentos populacionais intensificados, agitação política e mudanças ambientais somadas estão contribuindo para a disseminação, aumento e descontrole da malária no planeta. Estudos recentes sugerem que o número de casos de malária podem dobrar em 20 anos, se novos métodos de controle não forem concebidos e implementados. Com a palavra a ciência, a pesquisa e o conhecimento humano.
<b>Dr.Wanir José Barroso</b>, sanitarista, especialista em epidemiologia e controle de endemias pela Fiocruz/RJ
E-mail: <b>wanirbarroso@gmail.com </b>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3906847975488854330.post-54917351371684530462012-09-14T05:35:00.000-07:002014-05-18T17:14:28.685-07:00Malária não afeta apenas celebridades inglesas. Sobreviventes falam de seu calvário na Inglaterra.
No ano passado, 1677 ingleses contraíram malária em suas viagens ao exterior. Oito desses ingleses foram a óbito, cujas principais causas foram a desinformação sobre a doença e o retardo de diagnóstico e tratamento.
<a href="http://www.thesun.co.uk/sol/homepage/woman/health/health/article4489572.ece">http://www.thesun.co.uk/sol/homepage/woman/health/health/article4489572.ece</a>
<a href="http://www.thesun.co.uk/sol/homepage/video/lifestyle/health/4489614/Alex-Carters-mission-to-wipe-out-malaria.html#ooid=pmcTduNTqxH650SeIVzSK8BSs7NWW7sx">http://www.thesun.co.uk/sol/homepage/video/lifestyle/health/4489614/Alex-Carters-mission-to-wipe-out-malaria.html#ooid=pmcTduNTqxH650SeIVzSK8BSs7NWW7sx</a>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3906847975488854330.post-41226784056476630952012-08-16T13:27:00.002-07:002015-09-09T06:03:37.869-07:00Malária - a informação como estratégia de controle da doença.A principal estratégia de controle da malária humana em qualquer região do planeta ainda é o pronto diagnóstico e tratamento do homem doente, além de isolá-lo dos mosquitos transmissores enquanto com gametócitos na circulação sanguínea, considerando-se a inexistência de uma vacina eficaz. Tratar e isolar o homem doente é a única forma e eficaz de romper o ciclo da doença. Sem doentes expostos não temos mosquitos com possibilidade de se infectarem e sem mosquitos infectados não temos transmissão da doença. Um mosquito não infectado não transmite nada, só incomoda. Os transmissores da doença (alguns mosquitos do gênero <i>Anopheles</i>) passam a ter importância secundária em regiões onde o paciente é prontamente diagnosticado e tratado ou em regiões onde não existam gametócitos do protozoário em circulação no homem doente ou em portadores assintomáticos.
Em áreas não endêmicas ou de transmissão interrompida, como o Rio de Janeiro, por exemplo, não se pensa na possibilidade de diagnóstico de malária quando se está diante de um paciente febril. Nessas áreas, além da letalidade ser mais expressiva, o diagnóstico deixa de ser clínico-laboratorial para ser epidemiológico-laboratorial, quando informações sobre a história de malárias anteriores ou a permanência em áreas de transmissão da doença podem esclarecer ou dar pistas para o diagnóstico.
Em regiões endêmicas, a ocorrência de casos é proporcional aos níveis de degradação ou desequilíbrio ambiental, que favorece o aparecimento de superpopulação de mosquitos transmissores cada vez mais especializados, aos níveis de oferta de gametócitos em circulação presentes no homem doente ou assintomático exposto com retardo de diagnóstico e tratamento e aos níveis de informação ou desinformação sobre a doença.
No Brasil, a malária é endêmica porque a maioria dos casos ou são tratados tardiamente ou simplesmente não são tratados, esses fatos mantem níveis crescentes de oferta de gametócitos em circulação, produzem novos casos e mantem a malária como endêmica no país. O ciclo da doença não se rompe em função da exposição do homem doente ao mosquito transmissor. E são exatamente esses gametócitos presentes no sangue do doente os responsáveis pela infecção no mosquito. Quanto mais gametócitos expostos em circulação mais mosquitos infectados e quanto mais mosquitos infectados, mais malária. Em outras palavras, o acesso ao diagnóstico e ao tratamento não atinge todos os homens doentes ao mesmo tempo e nem da mesma forma, e são resultantes, principalmente, da inacessibilidade política, geográfica e assistencial.
A disponibilização de informações sobre os diversos aspectos da doença, sobre estratégias de recuperação ambiental e principalmente sobre onde buscar por socorro médico especializado para quem se desloca ou está em áreas de transmissão, representam importantes estratégias de controle, considerando-se que o óbito por malária é sempre resultante do retardo de diagnóstico, e este na maioria das vezes é oriundo da desinformação, principal causa do óbito desnecessário por malária.
Fazer a informação navegar e chegar antes da transmissão, do surto, da epidemia ou do óbito por malária, é o desafio. Promover o envolvimento e a aproximação de todos que lidam com o problema malária, além de atrair parcerias entre pesquisadores, profissionais de saúde, estudantes, políticos, pessoas comuns da sociedade e empresas, representam estratégias possíveis e esperadas por aqueles que acreditam no controle da endemia.
Estas estratégias não só exigem migração de informações em alta velocidade mas também com quantidade e qualidade, até porque na malária infecção assim como na malária doença o <i>Plasmodium</i> aparece, evolui, se multiplica, desorganiza sistemas, leva à falência mecanismos celulares funcionais e de defesa com uma velocidade de causar inveja a qualquer outro ser vivo.
Desinformações sobre: o que é a doença, suas formas de transmissão, seus sintomas, os grupos de risco que podem desenvolver suas formas graves, as vantagens e desvantagens da quimioprofilaxia, os mosquitos transmissores e seus criadouros, medidas de proteção individual, os riscos e malefícios da automedicação, a relação das áreas endêmicas no planeta, medidas de recuperação e proteção ambiental e onde buscar por socorro médico especializado representam algumas das carências de informações que propiciam ao infectado a possibilidade de evoluir para as formas graves da doença e o óbito.
A malária, além de ser uma doença de evolução muito rápida, é uma doença de suscetibilidade universal, isto é, qualquer pessoa pode contraí-la, desde que haja exposição ao risco em áreas de transmissão da doença, quando acontece a interação do homem doente com mosquitos suscetíveis, e de mosquitos infectados com o protozoário com o homem sempre suscetível na maioria das vezes. Sob este risco estão cerca de 2,8 bilhões de pessoas ou 40% da população mundial, que vivem em áreas de transmissão na região tropical do planeta. Um considerável grupo de pessoas são mais vulneráveis a desenvolverem as formas graves da doença como os portadores de doenças infecciosas como a Aids, crianças, mulheres grávidas,idosos e os que contraem a doença pela primeira vez.
Com a iniciativa de formalizar parcerias e de fazer a informação navegar, acreditamos que é possível igualar não só no Brasil, as desigualdades políticas, as sociais e as sanitárias, pelo controle dessa antroponose que silenciosamente silencia milhões de pessoas no planeta todos os anos. Informar, ousar e fazer a informação navegar é preciso!
<i><b>Wanir José Barroso</b></i>,
sanitarista especialista em epidemiologia e controle de endemias pela Fiocruz/RJ
E-mail: wanirbarroso@gmail.com *
O link e o Folder "Conheça a Malária" abaixo estão autorizados a serem reproduzidos por todos aqueles que se sensibilizam com o problema malária no Brasil e no planeta.
<a href="http://www.ensp.fiocruz.br/biblioteca/dados/txt_569194722.pdf">http://www.ensp.fiocruz.br/biblioteca/dados/txt_569194722.pdf</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3906847975488854330.post-38861499032884587172012-06-29T18:07:00.000-07:002014-04-24T19:00:05.134-07:00Onde buscar por socorro médico para diagnóstico de malária na Argentina.
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUYJL-6ZlV6FqVQcfBdXYfeBUHW57m0bFH97imfBJBeijfJxzGTb9J7diMvXNJXJ8Y4VW4pw5yGqY1dCXbMpdwfV4oBU0NURhFEoQyfJQVvi_t-JvKXt0Iuu28pru_9PIjd0nKirFoH7hP/s1600/Pv_temp_tsi_2010_ARG.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUYJL-6ZlV6FqVQcfBdXYfeBUHW57m0bFH97imfBJBeijfJxzGTb9J7diMvXNJXJ8Y4VW4pw5yGqY1dCXbMpdwfV4oBU0NURhFEoQyfJQVvi_t-JvKXt0Iuu28pru_9PIjd0nKirFoH7hP/s400/Pv_temp_tsi_2010_ARG.png" /></a></div>
<a
<a href="http://www.map.ox.ac.uk/browse-resources/temp_suitability/Pv_temp_tsi/ARG/">http://www.map.ox.ac.uk/browse-resources/temp_suitability/Pv_temp_tsi/ARG/</a>
Eis a lista dos Hospitais e Laboratórios Referências na Argentina com telefones e emails. Gentilmente cedidas pelo Prof Dr Carlos Ponzinibbio. Como na região Extra-Amazônica brasileira a Argentina e outros países não endêmicos da América Central e do Sul têm dificuldades de diagnosticar seus casos importados de malária (que são aqueles casos em que o diagnóstico e o tratamento são feitos em regiões diferentes de onde ocorreu a transmissão da doença). Em regiões não endêmicas esses casos são os que mais evoluem para suas formas graves e o óbito pelo simples fato dos profissionais de saúde não pensarem em malária diante de um paciente febril sem outros diagnósticos conclusivos, ocasionando retardo de diagnóstico e tratamento. Os recursos assistenciais para malária nessas regiões não endêmicas são poucos, concentrados em algumas regiões, pouco divulgados e com poucos profissionais experientes. Isso também acontece nos países Europeus, Asiáticos e da América do Norte, onde praticamente todos os casos detectados são importados.
<a href="http://www.colaboras.com/tema.php?tema=El-Malbran&id=47">http://www.colaboras.com/tema.php?tema=El-Malbran&id=47</a>
<a href="http://wwwnc.cdc.gov/travel/destinations/argentina.htm">http://wwwnc.cdc.gov/travel/destinations/argentina.htm</a>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3906847975488854330.post-75431534790826697162012-06-13T15:37:00.002-07:002012-06-14T04:02:43.013-07:00MALÁRIA - a gravidade invisível."A malária humana é uma doença infecciosa de transmissão invisível, não contagiosa, febril e aguda de evolução potencialmente rápida e grave quando não tratada precocemente, principalmente a causada pelo <i>P. falciparum</i>, que sozinho é responsável pela quase totalidade dos óbitos por malária no planeta. Esse <i>Plasmodium</i> está presente e distribuído de forma irregular em quase todas as áreas endêmicas ou de transmissão, em algumas regiões mais e em outras menos. Na África, por exemplo, cerca de 90% dos casos são por esse protozoário, no Brasil esse percentual é de cerca de 30%. Malária por esse protozoário é sempre uma emergência médica que tem tratamento adequado e eficaz se diagnosticada rapidamente. A malária ainda não tem uma vacina específica e eficaz para nenhum <i>Plasmodium</i> ou forma plasmodial. As principais complicações clínicas na malária são as falências de órgãos, por isso emergência médica. Essas complicações têm como principal causa a intensa destruição celular tanto a nível sangüíneo como hepático. O <i>Plasmodium</i> destrói com a maior habilidade e com poucos dias de doença um número gigantesco de hemácias que comprometem a sobrevivência de todas as demais células do organismo humano, pois são as hemácias, células das mais especializadas e responsáveis por levar oxigênio e metabólitos que garantem a vida de todas as outras. O <i>Plasmodium</i>, a destruição celular e as toxinas oriundas dessa destruição desorganizam o funcionamento de todos os órgãos, principalmente o cérebro. Os rins, o baço, o fígado e os pulmões têm seu funcionamento igualmente e seriamente comprometidos. Nenhum outro ser microscópico destrói células humanas com tamanha eficiência e velocidade. Os quadros de malária cerebral que representam as formas mais graves da doença normalmente tornam-se clinicamente irreversíveis e evoluem rapidamente para o óbito. O retardo de diagnóstico e tratamento e a quimiorresistência aos medicamentos antimaláricos são suas principais causas. As seqüelas neurológicas em crianças, oriundas desses quadros de malária cerebral representam um enorme fardo para a saúde pública e para a sociedade. Que tal pensarmos nisso todos os dias?" Wanir Barroso, sanitarista.Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3906847975488854330.post-49966247228407559632012-01-02T08:39:00.000-08:002012-09-25T03:55:37.632-07:00Malária - a transmissão da doença não respeita cor da pele, sexo, idade ou classe social...<b>Em quatro meses, 25 militares brasileiros contraíram malária no Haiti.
</b><a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2010-11-24/em-quatro-meses-25-militares-brasileiros-contrairam-malaria-no-haiti">http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2010-11-24/em-quatro-meses-25-militares-brasileiros-contrairam-malaria-no-haiti</a>
<br />
<b>Morre diplomata brasileira que contraiu malária na África</b><br />
<a href="http://g1.globo.com/politica/noticia/2011/12/morre-diplomata-brasileira-que-contraiu-malaria-na-africa.html
">http://g1.globo.com/politica/noticia/2011/12/morre-diplomata-brasileira-que-contraiu-malaria-na-africa.html<br />
</a><a href="http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v43n5/v43n5a20.pdf">http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v43n5/v43n5a20.pdf</a><br />
<br />
<b>Malária matou 6025 até Out/11 em Angola</b><br />
<a href="http://http://www.radioculturaangolana.com/noticias/biografias/1984-angola-e-o-nono-pais-africano-com-mais-mortes-associadas-a-malaria-.html">http://www.radioculturaangolana.com/noticias/biografias/1984-angola-e-o-nono-pais-africano-com-mais-mortes-associadas-a-malaria-.html<br />
</a><a href="http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx?contentID=749965BE-5D78-4767-8234-FF85064A5E45&channelID=00000021-0000-0000-0000-000000000021">http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx?contentID=749965BE-5D78-4767-8234-FF85064A5E45&channelID=00000021-0000-0000-0000-000000000021</a><br />
<br />
<b>Malária em Manaus-Brasil</b><br />
<a href="http://semsa.manaus.am.gov.br/manaus-registra-reducao-de-40-nos-casos-de-malaria/">http://semsa.manaus.am.gov.br/manaus-registra-reducao-de-40-nos-casos-de-malaria/</a><br />
<br />
<b>Malária em Roraima-Brasil</b><br />
<a href="http://www.prrr.mpf.gov.br/noticias/22-04-2010-reserva-yanomami-indios-sofrem-com-paludismo/">http://www.prrr.mpf.gov.br/noticias/22-04-2010-reserva-yanomami-indios-sofrem-com-paludismo/</a><br />
<a href="http://www.roraimahoje.com.br/home/cidade/5278-malaria-em-roraima-numero-de-casos-aumenta-3528-em-2010.html">http://www.roraimahoje.com.br/home/cidade/5278-malaria-em-roraima-numero-de-casos-aumenta-3528-em-2010.html</a><br />
<br />
<b>A malária brasileira fora da Amazônia</b><br />
<a href="http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=21170:a-malaria-brasileira-fora-da-amazonia&catid=46&Itemid=18">http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=21170:a-malaria-brasileira-fora-da-amazonia&catid=46&Itemid=18</a><br />
<a href="http://www.infectologia.org.br/default.asp?site_Acao=mostraPagina&paginaId=134&mNoti_Acao=mostraNoticia¬iciaId=23097">http://www.infectologia.org.br/default.asp?site_Acao=mostraPagina&paginaId=134&mNoti_Acao=mostraNoticia¬iciaId=23097</a><br />
<br />
<b>
Epidemiologia do glamour em navios de passageiros.</b><br />
<a href="http://www.portalmedico.org.br/artigos/artigo.asp?id=1116">http://www.portalmedico.org.br/artigos/artigo.asp?id=1116</a>
<br />
<b>O sequenciamento dos genomas do <i>P. falciparum </i>e do <i>A. gambiae </i>e suas implicações no controle da malária humana.</b>
<a href="http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/84/genomas.pdf">http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/84/genomas.pdf</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3906847975488854330.post-21056568762650069002011-12-14T03:11:00.000-08:002014-04-24T18:27:55.589-07:00Malária - a dificuldade de se falar sobre o assunto no Brasil.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_JL3thK1hriL6phY72KRU4J-pK2iF93ZL21zx1KYVlfY9l4yn93VNedv4vJi5ONHNvZk7dkq4UvEhXLSmJpOfX-oZBQYhcDUcwFjgTpgRJe-T-0XvelyZ5cyGui2fGgjeFXpJb5_yNwVX/s1600/Mosquito-749566.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_JL3thK1hriL6phY72KRU4J-pK2iF93ZL21zx1KYVlfY9l4yn93VNedv4vJi5ONHNvZk7dkq4UvEhXLSmJpOfX-oZBQYhcDUcwFjgTpgRJe-T-0XvelyZ5cyGui2fGgjeFXpJb5_yNwVX/s320/Mosquito-749566.jpg" /></a></div>
(Foto: Hugh Sturrock / Wellcome Images).
Vejam o link e os comentários sobre o "Mapa da Malária" feito por pesquisadores da Oxford University. É preciso democratizarmos a informação e o conhecimento.<br />
<br />
<a href="http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/12/mapa-mostra-presenca-de-forma-resistente-de-malaria-no-brasil.html">http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/12/mapa-mostra-presenca-de-forma-resistente-de-malaria-no-brasil.html</a><br />
<br />
<br />
<a href="http://www.map.ox.ac.uk/">http://www.map.ox.ac.uk/</a><br />
<br />
<a href="http://www.map.ox.ac.uk/browse-resources/">http://www.map.ox.ac.uk/browse-resources/</a>Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3906847975488854330.post-64129630784074530822011-11-15T05:23:00.000-08:002014-05-04T05:53:36.390-07:00Nosso folder "Conheça a Malária" chegou ao continente Antártico...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3ivpVMJaEJJyXUVDe6sYeixbwmghOc9LLRHNm-71fyroHw1uaHGZIkKCx7ADRjsc8XSNpON3kEtj_4CBfnxDL7MAgBZzFXl9Op1cpQ1mbH7tf9wvfWljemsBQzjPVAvtQuPYUySEJ5h-l/s1600/DSC06430.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3ivpVMJaEJJyXUVDe6sYeixbwmghOc9LLRHNm-71fyroHw1uaHGZIkKCx7ADRjsc8XSNpON3kEtj_4CBfnxDL7MAgBZzFXl9Op1cpQ1mbH7tf9wvfWljemsBQzjPVAvtQuPYUySEJ5h-l/s400/DSC06430.JPG" /></a></div>
Na "Estação Antártica Comandante Ferraz". A informação estará disponível para os militares e pesquisadores que por lá passam e muitas vezes retornam para áreas endêmicas de malária. Nossos agradecimentos ao comandante Guilherme Cupertino da Marinha do Brasil.<br />
<br />
<b>Link do Folder "Conheça a Malária"</b><br />
<br />
<a href="http://www.ensp.fiocruz.br/biblioteca/dados/txt_569194722.pdf">http://www.ensp.fiocruz.br/biblioteca/dados/txt_569194722.pdf</a><br />
<br />
<a href="http://www.ensp.fiocruz.br/biblioteca/home/exibedetalhesBiblioteca.cfm?ID=5651&tipo=B">http://www.ensp.fiocruz.br/biblioteca/home/exibedetalhesBiblioteca.cfm?ID=5651&tipo=B</a>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3906847975488854330.post-16900028450982377702011-07-17T15:39:00.001-07:002014-05-11T03:56:37.900-07:00A triste realidade da malária na Amazônia brasileira. ANAJÁS no Pará continua pedindo socorro!<b>Sugestões para o controle da malária em Anajás, na ilha de Marajó, no Pará.<br />
</b><br />
<a href="<iframe width="420" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/sX_v_1yJFb8" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>"><iframe width="420" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/sX_v_1yJFb8" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
<a href="</ahttps://www.youtube.com/watch?v=sX_v_1yJFb8#t=113>"></ahttps://www.youtube.com/watch?v=sX_v_1yJFb8#t=113></a>Apesar de alguns meses que se foram, Anajás continua na luta contra a malária que acomete seu povo. A sensação é de que a malária em Anajás caminha com o esforço suas curtas, poucas e próprias pernas. Todos os anajaenses praticamente já contraíram malária alguma vez ou algumas dezenas de vezes na vida. O vídeo nos mostra o registro de criança com 11 meses de vida que já contraiu 15 malárias, esse recém nato ainda não sabe o que é uma vida saudável, sem doenças. É estarrecedor ver isso à luz de tanto conhecimento e de tantos recursos. Os poucos serviços assistenciais e médicos para malária em Anajás e em Belém do Pará acabam por estar realizando um trabalho sem fim. Quanto mais diagnosticam e tratam malária, mais malária têm para diagnosticar e tratar. Anajás precisa de muitas lideranças, principalmente lideranças comunitárias comprometidas com o controle de doenças de seu povo. Precisa de um exército de bons brasileiros para realizarem o que chamamos em epidemiologia de trabalhos de campo para romper o ciclo de várias doenças. É estratégia e controle ir atrás de sintomáticos e assintomáticos de malária e encaminhá-los para diagnóstico, tratamento e isolamento até a cura total, retirando-os das áreas de transmissão. <b>Que tal a construção de um hospital-hotel biosseguro com muitos quartos telados, laboratório, farmácia, lavanderia e serviço de nutrição para abrigar, tratar e retirar das áreas de transmissão os anajaenses com malária com a maior dignidade e conforto do mundo?</b> Estratégias de toda ordem podem ser estabelecidas. Criar canais de informação sobre a doença para a população, aumentar o número de laboratórios volantes, ou até mesmo treinar voluntários das comunidades mais distantes para diagnosticar malária, mapear criadouros para serem trabalhados, orientar e informar quem chega e quem sai de Anajás são outras estratégias importantes que não podem ser esquecidas. A população de mosquitos transmissores de malária pode e deve ser reduzida, principalmente onde há ocorrências de casos. <b>Um fato, é impossível erradicar os mosquitos transmissores de malária em Anajás e na Amazônia, e nem precisamos erradicá-los para ter a malária sob controle.</b> Os amazônidas e nós do sudeste teremos que conviver com esses mosquitos enquanto houver chuva, água, vida, floresta, áreas alagadas, luta pela sobrevivência, manutenção e preservação de espécies. Os seres vivos se adaptam a todas as mudanças e às mais adversas condições de vida, e nós também. Tratar adequadamente e isolar dos mosquitos transmissores os pacientes doentes, não só é possível como também é a única medida de impacto importante para reduzir a transmissão da doença em Anajás ou em qualquer outra área endêmica da Amazônia ou do planeta. Possívelmente essa criança e seus familiares que tiveram múltiplas malárias foram fontes de infecção para mosquitos transmissores e receptores de <i>Plasmodium</i> dos mesmos mosquitos. É um ciclo que não se rompeu. Com relação ao controle possível dos mosquitos transmissores, o uso de inseticida tipo fumacê ou fog pode ser usado para bloqueio de transmissão em áreas urbanas ou urbanizadas onde ocorreram casos. O uso dessa forma de inseticida não deve ser utilizado em áreas de mata preservada, pois provoca desequilíbrios ambientais influenciando na cadeia alimentar de outros seres. Usar inseticidas em casas com paredes protegidas da chuva tem também sua eficiência, lembrando que inseticidas são produtos que têm níveis de toxicidade para o homem. Essas estratégias reduzem a população de mosquitos alados infectados onde ocorreram ou ocorrem casos da doença. É importante destruí-los, para que não ocorram novos casos. Para que um mosquito da malária se infecte é preciso que eles se alimentem com o sangue de pacientes doentes com malária ou pacientes tratados inadequadamente. O <i>plasmodium</i> não é repassado de uma geração de mosquitos para outra. Já de um mosquito transmissor de dengue infectado com o vírus da dengue nascem centenas de novos mosquitos igualmente infectados. Em resumo, é muito mais fácil controlar malária do que dengue sob esse ponto de vista. <b>Em todas as doenças cuja transmissão se dá pela picada de mosquitos, o homem doente exposto ao mosquito transmissor assegura o não rompimento do ciclo evolutivo da doença.</b> O tratamento alternativo apresentado no vídeo equivale a dar ao paciente o medicamento que se tem disponível e não o que realmente o paciente necessita para seu tratamento e cura. Sem comentários no que se refere a usar medicamentos dessa forma em termos de controle, tratamento, legalidade, responsabilidade e ética... <b>Se ocorrem casos de malária em determinada região é porque há mosquitos infectados com o <i>Plasmodium</i> em circulação e doentes sem diagnóstico e tratamento ou doentes assintomáticos expostos a mosquitos transmissores.</b> Com relação aos ovos e larvas de mosquitos, a aspersão de inseticidas no ambiente não destrói essas formas evolutivas do mosquito simplesmente porque estão na água. Colocar peixes ou criar muitos peixes em áreas alagadas retirando a vegetação das margens favorece a alimentação dos peixes com as larvas de mosquitos, o que faz diminuir a população de alados. É exatamente no meio dessa vegetação nas margens que os mosquitos colocam seus ovos, que possuem flutuadores e tomam a cor do ambiente para se preservarem de seus predadores. As larvas de mosquitos têm outros numerosos e eficientes predadores, como larvas de outros insetos aquáticos. As larvas das lavadeiras, aquele inseto com dois pares de asas são excelentes e vorazes predadores de larvas de mosquitos. Para cada criadouro identificado, usar sempre a melhor estratégia, ou escoando águas paradas através de canais, ou aterrar criadouros pequenos, ou colocar peixes com margens limpas de vegetação em ambientes aquáticos maiores, ou até outras que não agridam o meio ambiente. Sempre há algo que possa ser feito para que o criadouro perca essa função. <b>A principal estratégia e meta deve ser destruir os mosquitos alados infectados onde ocorreram casos, tratar e isolar da picada de mosquitos pacientes sintomáticos e assintomáticos de malária para romper o ciclo da doença.</b> Enquanto tiver alguém com malária em Anajás exposto a mosquitos transmissores, o ciclo da doença não se rompe e os anajaenses continuarão a colecionar suas malárias, suas febres, seus calafrios, suas dores e sofrimentos, suas semanas sem trabalho, seus dias sem aulas e seus óbitos. Já passou da hora dos anajaenses se indignarem com tantos casos de malária. Esperamos que nos ouçam e que ajudem Anajás se tornar referência para os outros municípios da Amazônia e para outras áreas endêmicas no controle de suas doenças. O controle é algo possível e ninguém precisa contrair e muito menos morrer de malária. Os Anajaenses podem conviver com os mosquitos transmissores de malária e sem malária, como nós aqui do sudeste convivemos com nossos <i>Anopheles aquasalis</i>, <i>darlingi</i>, <i>cruzii</i> e outros. Afinal somos todos igualmente brasileiros e certamente os anajaenses aumentarão seu número de parceiros nesses desafios! Com a palavra todos aqueles que se sentirem movidos pelo sentimento de ajudar Anajás a controlar suas epidemias e suas endemias. O momento e o desafio é o de dar uma chance ou uma mãozinha prá vida. Wanir Barroso, sanitarista.<br />
Anajás e os anajaenses aguardam pelo seu contato! <br />
Email da Secretaria Municipal de Saúde de Anajás: smsanajas@yahoo.com.br<br />
Fone/Fax: (91) 3605-1123<br />
<br />
<br />
<b>Oeiras no Pará também continua pedindo socorro.</b><br />
<br />
<iframe width="425" height="349" src="http://www.youtube.com/embed/4HZS6cy1NNQ" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br />
<br />
<object width="480" height="360" data="http://s.videos.globo.com/p2/player.swf" type="application/x-shockwave-flash"><param value="true" name="allowFullScreen"><param value="http://s.videos.globo.com/p2/player.swf" name="movie" /><param value="high" name="quality" /><param value="midiaId=1560207&autoStart=false&width=480&height=360" name="FlashVars" /></object><br />
<br />
<b>Entrevista: </b><br />
<b>O perigoso silêncio: malária mata mais fora da Amazônia, revela especialista<br />
</b><br />
Por Isabela Pimentel<br />
<a href="http://luispeaze.com/2010/perigo-maior-em-copacabana-do-que-na-amazonia">http://luispeaze.com/2010/perigo-maior-em-copacabana-do-que-na-amazonia</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3906847975488854330.post-19888865866786025142011-06-30T15:13:00.001-07:002014-05-04T11:06:36.115-07:00Malária - como a principal forma de transmissão acontece.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfr5ry8o7AryUVoFGj6r-o5rzrCU68LbrqipQxI6KGjzsZ4ZO9HtSi7TkzVYCdje-ngNBW9um3rfqnN3Y6Xf3H2REtd0uegBKlwI1tXUZw3hJPAREPYjy7sDrCOvRHCLLPPmogsL6d2HE8/s1600/malaria.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfr5ry8o7AryUVoFGj6r-o5rzrCU68LbrqipQxI6KGjzsZ4ZO9HtSi7TkzVYCdje-ngNBW9um3rfqnN3Y6Xf3H2REtd0uegBKlwI1tXUZw3hJPAREPYjy7sDrCOvRHCLLPPmogsL6d2HE8/s400/malaria.jpg" /></a></div>
A principal característica do mosquito transmissor de malária à vista desarmada, é que ele pousa formando um angulo de 45º com a pele durante a picada, como mostra a foto.
A picada do mosquito infectado com o <i>Plasmodium</i>, a chegada do protozoário ao fígado, sua intensa multiplicação na célula hepática, o rompimento dos hepatócitos repletos de protozoários (esquizontes hepáticos), lançamentos dos merozoítos hepáticos na corrente sanguínea, a invasão das hemácias pelos merozoítos hepáticos, a intensa multiplicação do protozoário dentro da hemácia, o rompimento das hemácias (esquizontes sanguíneos), nesse momento acontece a febre na malária, reinfestação de novas hemácias pelos merozoítos sanguíneos oriundos das hemácias infectadas que se romperam. Enquanto não houver diagnóstico e tratamento o número de hemácias que se rompem tende a ser muito superior ao número de hemácias que são repostas pelo organismo, daí o quadro de anemia, amarelidão e evolução para as formas graves. O ciclo no mosquito começa a partir da ingestão de sangue contaminado com os gametócitos e outras formas plasmodiais presentes no homem doente. Somente os gametócitos evoluem no mosquito formando os esporozoítos, formas infectantes para o homem. O ciclo no mosquito dura cerca de 10 a 12 dias. Esses esporozoítos se alojam em suas glandulas salivares e causam a doença no homem quando injetados pela picada do mosquito.Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3906847975488854330.post-56682546687513736152011-06-16T12:01:00.000-07:002014-05-04T05:49:18.937-07:00Números da malária no planeta.Fonte: CDC-USA<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRQshBYFxU5HHDCHopPAFdfI-goEdHs6oDJxl16cUEsiqceRw-hS-QB-LjYqD5PZ3lZvcBEiGWtWpJvpaM-BCyDR1SXUKbEO8JMOAuJaJjcw6DqNhgLVaPBzN-8CaZmXnGQBvugHNtLhP4/s1600/1-s2_0-S0140673610612706-gr3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRQshBYFxU5HHDCHopPAFdfI-goEdHs6oDJxl16cUEsiqceRw-hS-QB-LjYqD5PZ3lZvcBEiGWtWpJvpaM-BCyDR1SXUKbEO8JMOAuJaJjcw6DqNhgLVaPBzN-8CaZmXnGQBvugHNtLhP4/s320/1-s2_0-S0140673610612706-gr3.jpg" /></a></div>
• 3,3 bilhões de pessoas vivem em áreas de risco de transmissão de malária em 109 países, esse número corresponde a metade da população mundial.<br />
• 35 países, sendo 30 na África Subsaariana e 5 na Ásia representam 98% das mortes por malária no planeta.<br />
• A OMS estimou que em 2008 a malária causou de 190 a 311.000.000 episódios clínicos, e de 708.000 a 1.003.000 mortes.<br />
• 89% das mortes por malária no mundo ocorrem na África.<br />
• A malária é a quinta causa de morte por doenças infecciosas no mundo, depois de infecções respiratórias, HIV / AIDS, doenças diarreicas e tuberculose.<br />
• A malária é a segunda causa principal de morte por doenças infecciosas na África, depois de HIV / AIDS. <br />
• Nas Américas, o Brasil é o país com o maior número de casos, com transmissão de malária nos Estados Amazônicos e nas regiões de Mata Atlântica dos Estados da região sudeste.Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3906847975488854330.post-33851189769050008692011-02-26T06:15:00.000-08:002011-03-27T04:58:27.803-07:00Malária - onde buscar por socorro médico em Luanda-Angola<i><b>Você já teve malária? <br />
</b><br />
</i>Fazer uma pergunta dessas a um angolano equivaleria a perguntar para alguém, em São Paulo, se já ficou gripado alguma vez na vida. A malária ainda é endêmica por aqui. No ano passado, 2 milhões de pacientes foram internados nos hospitais de Angola com malária, que em Angola também é conhecida como paludismo.<br />
http://casadeluanda.blogspot.com/2008/05/voc-j-teve-malria.html<br />
Em Angola há transmissão de malária em área urbana como há transmissão de dengue no Rio de Janeiro. O mosquito transmissor de malária em Angola, o <i>Anopheles gambiae</i> se urbanizou, assim como se urbanizou o mosquito <i>Aedes aegypti</i> no Rio de Janeiro, transmissor da dengue. Negligências de toda ordem e esses mosquitos transformaram como endêmicas essas doenças nesses dois países.<br />
<br />
Nossos agradecimentos à Daniela Nobrega que nos enviou essas informações abaixo.<br />
<b>Telefones e emails:<br />
<i></i></b><b>Hospital Militar:<br />
</b>222 324 448<br />
222 322 220<br />
Direcção Geral - 222 325 947<br />
email: hosmilp@netangola.com<br />
<br />
<b>Clínica Multiperfil:<br />
</b>222 469 439<br />
222 469 447<br />
222 469 446<br />
email: geral@multiperfil.co.ao<br />
<br />
<b>Situação e números da malária em Angola:<br />
<a href="http://pjuliao.blogspot.com/2007/09/malria-industria-da-morte-em-angola.html">http://pjuliao.blogspot.com/2007/09/malria-indstria-da-morte-em-angola.html<br />
</a><a href="http://casadeluanda.blogspot.com/2008/05/voc-j-teve-malria.html">http://casadeluanda.blogspot.com/2008/05/voc-j-teve-malria.html<br />
</a><a href="http://cmdt.ihmt.unl.pt/downloads/doc_00000141_20061013-1214.pdf">http://cmdt.ihmt.unl.pt/downloads/doc_00000141_20061013-1214.pdf<br />
</a></b><a href="http://www.angolaxyami.com/Saude/Angola-nao-progrediu-no-combate-a-Malaria-afirmou-a-Organizacao-Mundial-da-Saude-OMS.html">http://www.angolaxyami.com/Saude/Angola-nao-progrediu-no-combate-a-Malaria-afirmou-a-Organizacao-Mundial-da-Saude-OMS.html</a>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3906847975488854330.post-48652303546192548082011-02-02T06:23:00.000-08:002011-04-11T13:56:41.031-07:00A dificuldade de diagnosticar malária fora da Amazônia no Brasil.O que faz a malária evoluir para suas formas graves e o óbito nas áreas de transmissão interrompida da região Extra-Amazônica brasileira é o retardo de diagnóstico e tratamento e a desinformação sobre a doença. A maioria dos profissionais de saúde nessas regiões não pensam em malária diante de um paciente febril sem outros diagnósticos conclusivos. Por causa disso a letalidade por malária nessas regiões é dezenas de vezes maior do que na Amazônia, isto é, a possibilidade de se morrer de malária fora da Amazônia no Brasil de alguém que contraiu a doença em qualquer área endêmica do planeta e veio a apresenar os sintomas por aqui, como Rio, São Paulo ou Santa Catarina, por exemplo, é dezenas de vezes maior do que na Amazônia.<br />
<br />
Leiam os artigos:<br />
<a href="http://www.bio.fiocruz.br/index.php/artigos/331-a-malaria-e-as-vitimas-da-desinformacao">http://www.bio.fiocruz.br/index.php/artigos/331-a-malaria-e-as-vitimas-da-desinformacao<br />
</a><a href="http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v43n4/a32v43n4.pdf">http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v43n4/a32v43n4.pdf</a>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3906847975488854330.post-18179497997148209002011-01-29T11:31:00.000-08:002011-11-19T03:52:47.767-08:00Malária cerebral em criança britânica na NigériaPrezado Dr Barroso,<br />
Parabenizo-o pelo excelente artigo sobre malária, que acabo de ler em seu blog: <a href="http://malariabrasil.blogspot.com/2010/04/malaria-quimioprofilaxia-e-medidas-de.html">http://malariabrasil.blogspot.com/2010/04/malaria-quimioprofilaxia-e-medidas-de.html<br />
</a>Uma criança britânica de 4 anos, conhecida nossa, contraiu malaria cerebral e está em coma desde ontem na Nigeria, amanhã o médico deve fazer uma transfusão de sangue para tentar salvá-la: o senhor acha ser esse o procedimento correto?<br />
Qual a chance dela escapar da morte e quais as seqüelas?<br />
Pelo que li, assim que possível ela deveria ser tirada daquele país, minha duvida é onde seria melhor para ela, pois o pai já havia comprado passagem para o Chile e Brasil, pois na condição dela talvez fosse melhor voltar para a Europa, que é mais próxima de onde estão...<br />
Li, porém que regiões com mais de 1500m de altitude não favorecem o contagio - nesse caso as montanhas chilenas podem ser um bom local para ela se recuperar por uma semana, sem colocar o pai e outras pessoas em risco?<br />
Também pensei que no Brasil talvez tenhamos mais especialistas em malária para ajudá-la, do que se voltasse para a Inglaterra. O senhor concorda com isso?<br />
O pai dela está trabalhando em um projeto na Nigéria e por isso levou sua filhinha. Estou rezando para que ela sobreviva e minha filha adolescente já disse que vamos “adotá-la” para morar conosco aqui em São Paulo. O senhor acha que correríamos risco de também contrair malária?<br />
Agradeço imensamente a sua atenção e, se possível, gostaria de conhecer a sua opinião pelo exposto acima...<br />
Atenciosamente,<br />
Tania <br />
<br />
Prezada Tania, agradecendo o email e suas palavras sobre o artigo, informo-lhe que transfusão sangüínea em casos de malária cerebral ou não, é para repor células sanguíneas que foram destruídas pelos plasmódios, principalmente as hemácias, pois a velocidade de destruição das hemácias pelos plasmódios é muito maior que a velocidade de reposição de hemácias que nosso organismo consegue repor. E hemácia é uma célula vital para o funcionamento de todos os órgãos e sistemas, pois é ela quem leva oxigênio e metabólitos para as demais células. Informo também que para transfusão sanguínea é importante testar a contaminação do sangue antes de ser transfundido: para a AIDS, malária e hepatites, principalmente em locais com poucos recursos médicos e tecnológicos. Já tivemos aqui no RJ um caso de malária transfusional de um brasileiro vindo de um país africano. Este caso também poderia ter sido de AIDS ou hepatite. O tratamento da malária é medicamentoso com medicamentos chamados antimaláricos em qualquer fase da doença e estes devem sempre ser avaliados seus efeitos de cura através da redução da parasitemia (redução do número de protozoários no sangue) feita através de exames de sangue que são simples, chamados gota espessa ou esfregaços sanguíneos. Pois existe a possibilidade do <i>Plasmodium</i> estar resistente ao medicamento prescrito, com isso o caso pode evoluir, inclusive para quadros graves como o coma malárico e a malária cerebral, e a cura não ocorrer por falência terapêutica. A quimiorresistência que os plasmódios adquirem frente aos medicamentos antimaláricos representa um dos maiores entraves no controle da endemia no planeta. O arsenal terapêutico para o tratamento de malária se encurta cada vez mais. Hoje as indústrias farmacêuticas preferem pesquisar novos medicamentos para calvície do que novos antimaláricos. Dá para imaginar os motivos?...Pois é... Neste caso de malária cerebral o que pode ter havido também, foi retardo de diagnóstico e de tratamento além de desinformação sobre a doença, ou seja, de que se poderia contrair malária na Nigéria, país com alta endemicidade da doença, inclusive em áreas urbanas, e que se viesse a sentir sintomas em que o principal é a febre, deve-se imediatamente ir em busca de socorro médico, achando que contraiu malária, com isso o quadro poderia não evoluir para suas formas graves, como dito anteriormente. Quanto maior a velocidade no diagnóstico e no tratamento da malária, assim que aparecem os sintomas, melhores são os prognósticos para o tratamento e cura da doença. Cerca de 90% dos casos de malária na Nigéria são causados pelo <i>P. falciparum</i>, o protozoário mais agressivo da doença e responsável por quase 100% dos óbitos por malária no planeta. Infelizmente são poucos os casos de malária cerebral que sobrevivem sem seqüelas, pois há comprometimento das células cerebrais e de todo sistema nervoso central, precedido na maioria das vezes por falência de vários outros órgãos como os rins, os pulmões, o baço e o fígado, que acabam se tornando casos graves em função dessas complicações clínicas. A maioria desses casos são emergências médicas e casos de CTI, isto é, de Centro de Tratamento Intensivo. Casos graves de malária como esse exigem tratamento intensivo e não devem ser removidos para lugares distantes, a não ser que o hospital apresente precários recursos médicos-assistenciais que comprometam a vida. Pesquisadores americanos da Michigan State University-USA, em estudo recente com crianças africanas mostrou que quase um terço dos sobreviventes de malária cerebral desenvolveu epilepsia ou outros distúrbios de comportamento que apareceram pós alta hospitalar. A febre alta e complicações advindas do entupimento das artérias de pequeno calibre pelas células parasitadas com os plasmódios lesionam o tecido cerebral e comprometem as células nervosas. A destruição do tecido nervoso pode deixar seqüelas das mais variadas e inesperadas formas. Existe um enorme fardo dos distúrbios neurológicos pós-malária, principalmente em crianças.<br />
Países que não têm malária de forma endêmica como a Inglaterra e o Chile, têm poucos profissionais médicos com experiência além de poucos e concentrados recursos laboratoriais para diagnóstico e tratamento de malária. Isso também ocorre no Brasil em regiões de transmissão interrompida, como a região extra-amazônica. <b>Hoje lhe informo que a malária está sem controle no planeta, principalmente nos países africanos. E a AIDS na África não está diferente da malária.<i></i></b> O que está acontecendo com essa criança, acontece com milhares de outras crianças africanas todos os anos, infelizmente. No Brasil, podemos contrair malária na Amazônia, que corresponde a cerca de 50% do território brasileiro, em regiões de Mata Atlântica na região sudeste (ES,RJ,SP e SC) e no vale do Rio Paraná, além de riscos de reintrodução da doença através de casos importados onde existe o mosquito transmissor da doença. No Brasil não temos transmissão de malária em áreas urbanas como SP e RJ, porque não temos mosquitos transmissores nessas regiões urbanizadas. Na maioria dos países africanos a urbanização de mosquitos transmissores de malária é uma realidade. Tanto os mosquitos como nós, estamos em constante luta pela sobrevivência, manutenção da vida e preservação da espécie. Os mosquitos se adaptam muito facilmente às mais adversas condições de vida e sobrevivência, às vezes muito diferentes das que estão acostumados. Apesar de não possuirmos transmissão de malária em áreas urbanas do RJ e SP por não possuirmos o mosquito transmissor, temos uma letalidade por malária de casos importados dezenas de vezes maior que na Amazônia em função da desinformação sobre a doença. A exceção de transmissão de malária em áreas urbanas fica para o entorno das cidades da Amazônia onde ocorrem casos, como Manaus, Belém e Boa Vista por exemplo. Para que um novo caso de malária ocorra é necessário que alguém com malária permaneça sem diagnóstico e tratamento em determinada região e exposto aos mosquitos do gênero <i>Anopheles</i>, transmissores. Se tratarmos o doente com malária antes dele ser picado por novos mosquitos, conseguimos romper o ciclo da doença evitando a transmissão, o aparecimento de novos casos e a ocorrência de surtos ou epidemias. Isolar e tratar o paciente doente em quartos telados em áreas de transmissão é uma excelente medida para não infectar novos mosquitos e por conta disso, não ocorrerem novos casos. Isso também vale para interromper a transmissão de dengue em áreas urbanas e quase ninguém usa dessa estratégia. Uma das diferenças entre o mosquito da dengue e o da malária, é que a prole de um mosquito da dengue infectado com o vírus da dengue já nasce toda infectada, pronto para transmitir a doença. E o mosquito da malária não. Cada mosquito transmissor de malária para se infectar com o <i>Plasmodium</i> precisa picar um homem doente com a malária . Resumindo, é muito mais fácil controlar malária do que dengue por causa disso, sob esse ponto de vista. Existe também a possibilidade de se contrair malária em portos e aeroportos, pois o mosquito infectado com o <i>Plasmodium</i> pode vir dentro de navios e aviões vindos de áreas endêmicas ou de transmissão, infelizmente também quase ninguém se importa ou sabe disso. Pois é, não é de hoje que a malária anda caminhando com suas próprias pernas, com suas poucas pernas e com suas curtas pernas. Precisamos sair da condição de expectadores desse sofrimento humano,...pensem nisso!<br />
Tania, continue nos informando, e conte conosco. Atenciosamente Dr Wanir Barroso, sanitarista.<br />
<br />
Prezado Dr. Barroso,<br />
A criança recebeu a transfusão de sangue e está respondendo ao tratamento com artesunate, usado tradicionalmente na Asia, e voltará para a Europa assim que possível. Mais uma vez agradeço a atenção,<br />
Cordialmente,<br />
TaniaUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3906847975488854330.post-69975707816725666112010-12-30T13:58:00.000-08:002011-12-28T13:34:03.570-08:00Malária atinge milhares de amazônidas todos os anosOuçam essa notícia da Radioagencia Nacional.<br />
<a href="http://radioagencianacional.ebc.com.br/materia/2010-12-17/mal%C3%A1ria-atinge-milhares-de-amaz%C3%B4nidas-todos-os-anos">http://radioagencianacional.ebc.com.br/materia/2010-12-17/mal%C3%A1ria-atinge-milhares-de-amaz%C3%B4nidas-todos-os-anos</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3906847975488854330.post-55313637571657654342010-10-20T05:01:00.000-07:002011-03-05T05:08:17.778-08:00Malária: onde informar-se e buscar por socorro médico no BrasilMalaria: where to get advice and seek medical help in Brazil.<br />
Folder "CONHEÇA A MALÁRIA". Autores: Wanir J. Barroso, sanitarista da Anvisa/MS e Claudio T. D. Ribeiro, médico chefe do Laboratório de Pesquisas em Malária do Instituto Oswaldo Cruz (IOC). Agradecemos a reprodução, divulgação do link e citação dos autores.<br />
<a href="http://www4.ensp.fiocruz.br/biblioteca/dados/txt_569194722.pdf">http://www4.ensp.fiocruz.br/biblioteca/dados/txt_569194722.pdf<br />
</a><br />
Centros de Referência para a malária no Brasil:<br />
<br />
RJ - Centro de Pesquisa, Diagnóstico e Treinamento em Malária<br />
(CPDMAL/Fiocruz):(<b>0xx21)9988.0113<br />
</b>Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (IPEC)<br />
Tels. (0xx21) 3865-9506, 3865-9576 e 3865-9636 e<br />
Laboratório de Pesquisas em Malária do Instituto Oswaldo Cruz (IOC)<br />
Tel./Fax (0xx21) 3865-8145<br />
RJ - Hospital Universitário da UFRJ<br />
Tels. (0xx21) 2562-2562 e 2562-2590 e CIVES – UFRJ<br />
Tel. (0xx21) 2562-6213<br />
RJ - Hospital Universitário da UFF<br />
Tels: (0xx21) 2629-9313 e 2629-9314<br />
RJ - SES/RJ - Tel. (0xx21) 2299-9745 e SMS/RJ (0xx21) 2289-2096<br />
SP - Hospital das Clínicas da USP - Tel. (0xx11) 3069-6135<br />
SP - Ambulatório dos Viajantes do HC/USP<br />
Tel. (0xx11) 3069-6392 e 3081-8039<br />
SP - Núcleo de Medicina do Viajante Instituto de Infectologia<br />
Emílio Ribas - Tel. (0xx11) 3896-1366 e 3896.1400<br />
MG - Faculdade de Medicina da UFMG<br />
Tels. (0xx31) 3226-6269, 9971-7846, 9956-7438<br />
MT - Hospital Universitário Júlio Muller - Tel. (0xx65) 3615-7281<br />
Ambulatório de Infectologia e Pronto Atendimento<br />
Tel. (0xx65) 3615-7343<br />
DF - Universidade de Brasília - Núcleo de Medicina Tropical<br />
Tel. (0xx61) 3273-5008<br />
DF - Laboratório Central da Secretaria de Saúde do GDF (LACEN)<br />
Tel. (0xx61) 3325-5288 e 3321-2642<br />
AM - Fundação de Medicina Tropical do Amazonas<br />
Tel. (0xx92) 3622-0903<br />
RO - CEPEM - Tel. (0xx69) 3225-3304 e 3225-2279<br />
PA - Instituto Evandro Chagas - Tel. (0xx91) 3217-3166<br />
GO - Hospital de Doenças Tropicais<br />
Tels. (0xx62) 3201-3673, 3201-3674, 3201-3629 e 3675-3620<br />
MA - Universidade Federal do Maranhão - Centro de Referência<br />
em Doenças Infecciosas e Parasitárias<br />
Tel. (0xx98) 3221-0270 e 3221-0320<br />
AC - Secretaria Estadual de Saúde e Higiene<br />
Tel. (0xx68) 3223-7888 - LACEN/AC - Tel. (0xx68) 3228-2720 e<br />
Secretaria Municipal de Saúde/AC - Tel. (0xx68) 3226-3989<br />
AP - Hospital de Emergência Oswaldo Cruz - Rua Amilton Silva,<br />
1648 - Bairro Centro - Tel. (0xx96) 3212-6233/3212-6234<br />
RR - LACEN/Laboratório de Malária - Rua Jair da Silva Mota, 461<br />
- Bairro Asa Branca - Tel. (0xx95) 3626-1933<br />
TO - Hospital de Doenças Tropicais (HDT) - Av. José de Brito,<br />
1015, Araguaína/TO - Tel. (0xx63) 3411-6019Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3906847975488854330.post-39345645753984946672010-08-06T04:00:00.000-07:002011-12-28T13:47:03.321-08:00A malária brasileira fora da Amazônia.<strong>A malária brasileira fora da Amazônia.</strong><br />
Dr. Wanir José Barroso, sanitarista, especialista em epidemiologia e controle de endemias.<br />
E-mail: <strong>wanirbarroso@gmail.com</strong><br />
<br />
<br />
A malária como doença parasitária de evolução rápida continua sendo um grave problema de saúde pública no Brasil e em outras 111 áreas endêmicas de cerca de mais de 100 países. A malária humana também detém a identidade de ser a antroponose de maior prevalência no planeta, isto é, nenhuma outra doença do homem transmitida ao próprio homem, através de alguns mosquitos do gênero <i>Anopheles</i>, atinge e mata um número tão grande de pessoas. Há vários anos no planeta, são estimados algo entorno de meio bilhão de casos que ocasionam centenas de milhares de óbitos anuais, sendo em sua maioria crianças com menos de 5 anos de idade, além de colocar sob o risco de contrair a doença cerca de 40% da população mundial residente em sua área tropical. No Brasil a autoctonia de casos, situação em que os três elementos do ciclo evolutivo da doença (o homem, o mosquito e o <i>Plasmodium</i>) são ou estão na mesma região, está concentrada em todos os estados da Amazônia Legal mais o oeste do estado do Maranhão, em regiões de Mata Atlântica de diversos estados do sudeste, além de regiões do Vale do Rio Paraná. Os Estados do sudeste brasileiro além de todo restante da região extra-amazônica, a partir das décadas de 60 e 70, tiveram suas áreas maláricas transformadas em regiões de transmissão interrompida. Houve nessa época o tratamento maciço de casos, mas não houve a eliminação do mosquito transmissor, o que torna essas regiões vulneráveis à ocorrência de episódios de reintrodução da doença. Os principais mosquitos transmissores de malária nos Estados da região extra-amazônica são o <i>Anopheles aquasalis</i>, no litoral, o <i>Anopheles cruzii</i>, em regiões de Mata Atlântica e o <i>Anopheles darlingi</i>, em outras regiões. O <i>Anopheles darlingi</i> é o principal transmissor de malária no Brasil e está distribuído praticamente por todo o país. Seus principais criadouros são respectivamente: as áreas alagadas com água salobra ou do mar no entorno do litoral, as plantas que acumulam água em suas folhas, como as bromélias que são abundantes em toda região de Mata Atlântica e as áreas alagadas e sombreadas do Vale do Rio Paraná, entre outras. A malária de Mata Atlântica nos estados do sudeste como RJ, SP, ES e SC têm como características: a ocorrência de casos isolados entre visitantes e moradores da região que necessariamente entraram em contato com a mata ou estiveram próximos a ela, o registro de casos em vários municípios possuidores de Mata Atlântica, a presença preponderante do <i>Anopheles cruzii</i> como transmissor, o diagnóstico de malária por <i>Plasmodium vivax</i> com baixa parasitemia e a existência de uma representativa população de assintomáticos e oligossintomáticos da doença detectada em torno de alguns casos estudados, através de inquéritos sorológicos para <i>Plasmodium vivax</i> e pesquisa de <i>Plasmodium</i> em esfregaços sangüíneos. O comportamento epidemiológico da doença após a ocorrência de múltiplos e discretos surtos ao longo destes últimos anos nas regiões de Mata Atlântica no Brasil nos sugere que a malária de Mata Atlântica ainda esteja enfrentando a fase de transposição da barreira imunológica dos reservatórios, isto é, enquanto os anticorpos específicos dos pacientes assintomáticos estiverem contendo a multiplicação do protozoário mantendo baixa a parasitemia nesses pacientes, estarão baixas a circulação de gametócitos e a infectividade nos mosquitos transmissores. Neste período de constantes e discretos surtos ou microepidemias, enquanto não se observa o registro de níveis endêmicos mais expressivos da doença, o esperado é que continuem a ocorrer novos e esporádicos casos de malária entre visitantes e moradores não imunes nessas regiões, pela existência da população de assintomáticos ao redor de cada caso. O fato de haver poucos registros de casos não quer dizer que a doença esteja sob controle, pois os infectados sintomáticos com retardo de diagnóstico e os assintomáticos sem diagnóstico e sem tratamento oferecem a possibilidade de continuar mantendo o <i>Plasmodium</i> em circulação na região, infectando mosquitos e produzindo casos. A realização de novos inquéritos sorológicos para <i>Plasmodium vivax</i> nas diversas regiões de transmissão da malária de Mata Atlântica permitirá a identificação e o tratamento dos portadores da doença, além de permitir avaliar a extensão do problema. A principal estratégia de controle da malária de Mata Atlântica ainda é o pronto diagnóstico e tratamento dos sintomáticos e assintomáticos, como se sintomáticos fossem, sob pena dela continuar sendo por desinformação confundida com outras doenças e tratada muitas vezes apenas como febre de origem obscura. A reintrodução de malária por <i>Plasmodium vivax</i> nestas regiões, através de casos importados oriundos de áreas endêmicas como a Amazônia, pode interferir na infectividade do mosquito, difundir novas cepas, acelerar a ocorrência de novos surtos, além de oferecer a possibilidade de descaracterizar do ponto de vista epidemiológico e terapêutico à evolução da doença enquanto malária de Mata Atlântica. A presença de novas espécies de <i>Plasmodium</i> nessas regiões caracteriza uma nova situação epidemiológica. Desequilíbrios ambientais podem reduzir a população de predadores da larva de anofelinos, mosquitos transmissores de malária, e conseqüentemente favorecer a possibilidade de manutenção e expansão da doença. Situações de equilíbrio ambiental mantêm estes insetos na cadeia alimentar de seus principais predadores e praticamente incapazes de se envolverem em surtos ou epidemias pela baixa densidade de suas formas adultas. Pensar em malária diante de um paciente febril sem outros diagnósticos conclusivos em qualquer região do país, não se constitui em nenhum absurdo do ponto de vista clínico ou epidemiológico, principalmente se o paciente é oriundo de área endêmica, freqüentou regiões de Mata Atlântica no sudeste brasileiro, tem história de malárias anteriores ou de transfusões sangüíneas em área endêmica. Considerando-se estes fatos o diagnóstico de malária fora de área endêmica como a Amazônia, por exemplo, deixa de ser clínico-laboratorial para ser epidemiológico-laboratorial. Perguntar por onde o paciente esteve nos últimos 30 dias e associar possíveis áreas de transmissão de malária à febre ou outros sintomas, representa uma direção para o diagnóstico no paciente. Histórias de malárias anteriores também podem sugerir diagnósticos de recaídas ou recrudescências, dependendo da espécie de <i>Plasmodium</i>. Transfusões sangüíneas em áreas endêmicas ou ter frequentado portos ou aeroportos representam outras possibilidades que direcionam o diagnóstico. O Brasil é um país endêmico de malária, e esta possibilidade de diagnóstico deve ser encarada sempre como possível em qualquer parte de seu território, principalmente pela ocorrência de casos importados que podem ser detectados em qualquer região. Investir e disponibilizar informações para quem se dirige ou chega de área de transmissão da doença representa estratégia que dificulta a reintrodução de casos, possibilita o tratamento no início da doença, evita a evolução para suas formas graves e o óbito desnecessário pelo retardo de diagnóstico e de tratamento. Informações sobre o que é a doença, suas formas de transmissão, seus sintomas, os grupos de risco que podem desenvolver formas graves, o uso de quimioprofiláticos, as principais medidas de proteção individual e coletiva e principalmente onde buscar por socorro médico em qualquer região do país, representam informações importantes como estratégia de controle da endemia. Além da autoctonia de casos de malária de Mata Atlântica, a região sudeste e outras regiões da extra-amazônia brasileira convivem com outras situações de casos de malária. Dentre essas estão alguns casos que evoluem para o óbito, tendo como principal causa a desinformação sobre a doença não só por quem contrai a doença, mas, sobretudo por desinformação da rede assistencial particular e uma grande parte da rede assistencial pública, considerando-se a ausência da cultura da malária nessas regiões por deixarem de ser áreas endêmicas há cerca de pouco mais de quatro décadas. Existe ainda no Brasil uma enorme lacuna sobre a prevenção de doenças através da informação, principalmente para viajantes. Outra situação se refere aos casos importados tanto da Amazônia como da África ou outra área endêmica que são maioria no sudeste e em toda região extra-amazônica brasileira. Esses casos cumprem o período de incubação intrínseco, que corresponde a fase hepática da doença, e vem apresentar os sintomas fora da área endêmica ou de transmissão, ou até mesmo em outra área de transmissão onde são diagnosticados e tratados. A malária também migra na Amazônia pela importação de casos. Esse período de incubação pode durar de 8 a mais de 30 dias e varia segundo a espécie parasitária, a carga parasitária ou número de protozoários injetados no momento da picada, o uso de medicamentos como quimiprofiláticos e as condições imunológicas do paciente. O período de incubação da malária por <i>P. vivax</i> gira em torno de 12 dias, na malária por <i>P. falciparum</i> um pouco menos e na malária por <i>P. malariae</i> cerca de 30 dias. Uma quarta situação da malária fora da Amazônia, se refere a casos introduzidos, que são aqueles casos oriundos de episódios de reintrodução da doença. Alguém chega com malária em região de transmissão interrompida, como o Rio de Janeiro, por exemplo, permanece sem diagnóstico e tratamento, são picados por mosquitos transmissores da doença, estes se infectam e transmitem a doença em tantos quantos picarem após cumprir o período de incubação extrínseco, que ocorre no mosquito-fêmea e que dura cerca de 10 a 12 dias. Dois episódios importantes ocorreram no RJ, um em 1997, em Itaipuaçu-Maricá e outro em 2002, em Paraty. O risco de se conviver com episódios de reintrodução de malária no Rio de Janeiro ou em qualquer área de transmissão interrompida da região extra-amazônica é permanente, porque permanentes são: a existência de mosquitos transmissores de malária em algumas regiões não urbanas ou pouco urbanizadas e a chegada de viajantes doentes com malária nessas regiões. A desinformação sobre a doença, a ausência da cultura da malária, a não preservação ou o manejo ambiental predatório e a automedicação na área endêmica são fatores relacionados com os episódios de reintrodução da doença no Rio de Janeiro. Poucos casos induzidos e importados, ou por transfusão sangüínea ou por uso de drogas ilícitas injetáveis, também fazem parte dessa realidade em alguns Estados do sudeste. O que ocorre no sudeste, em termos epidemiológicos, ocorre na maioria das regiões da extra-amazônia brasileira. Investir em informação sobre a doença e investir no diagnóstico precoce são estratégias que reduzem a endemicidade da doença e fazem com que os mosquitos transmissores passem a ter importância secundária em regiões de transmissão interrompida ou em regiões onde o diagnóstico e o tratamento são feitos antes da aparição de gametócitos no paciente. Quanto mais veloz o diagnóstico e o tratamento, menores as chances de novos mosquitos se infectarem e de ocorrerem novos surtos ou epidemias. A implantação de medidas de impacto epidemiológico como o aumento da informação sobre a doença, o aumento da precocidade no diagnóstico e tratamento dos infectados e doentes, a detecção e tratamento de assintomáticos, o controle possível do mosquito transmissor e o aumento de parcerias comunitárias, institucionais e científicas são estratégias que influenciam na redução e controle da endemicidade da malária no planeta. Na Amazônia, a mudança de perspectiva de sua população com relação ao controle da doença representa ainda apenas uma das barreiras a serem vencidas com vistas ao controle e redução da endemicidade dessa antroponose no Brasil. Todas essas estratégias de controle da doença no planeta têm ainda como desafios entrelaçados encaminhamentos políticos e múltiplas soluções de determinantes epidemiológicas, ecológicas, socioculturais e econômicas, todas de dimensões continentais.<br />
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<a href="http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=21170:a-malaria-brasileira-fora-da-amazonia&catid=46&Itemid=18">http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=21170:a-malaria-brasileira-fora-da-amazonia&catid=46&Itemid=18</a><br />
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<a href="http://www.infectologia.org.br/default.asp?site_Acao=mostraPagina&paginaId=134&mNoti_Acao=mostraNoticia¬iciaId=23097">http://www.infectologia.org.br/default.asp?site_Acao=mostraPagina&paginaId=134&mNoti_Acao=mostraNoticia¬iciaId=23097</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3906847975488854330.post-7900048277640886932010-05-09T14:43:00.000-07:002014-04-24T18:50:57.234-07:00Distribuição dos principais mosquitos transmissores de malária no planeta.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQE_ky7OjanbAq27uCKklur-hdrsSX1dJIXvW1spztfJIgW6EsjbMIW05UpSZLR_q3yCayttCZWl1UnbFVvgQfXdYODpqQHJZhBrLcTYFALY6L4KtQre6Ohw5KL6hFHj51sCFE7ABxMngW/s1600/Global_DVS_poster-display_1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQE_ky7OjanbAq27uCKklur-hdrsSX1dJIXvW1spztfJIgW6EsjbMIW05UpSZLR_q3yCayttCZWl1UnbFVvgQfXdYODpqQHJZhBrLcTYFALY6L4KtQre6Ohw5KL6hFHj51sCFE7ABxMngW/s400/Global_DVS_poster-display_1.png" /></a></div>
<a href="http://www.map.ox.ac.uk/browse-resources/multiple-vectors/dominant_malaria_vectors/world/">http://www.map.ox.ac.uk/browse-resources/multiple-vectors/dominant_malaria_vectors/world/
</a>"Não se constitui em nenhum absurdo dizer que sempre existe a possibilidade de se contrair malária em qualquer região do planeta, inclusive nos países desenvolvidos ou de primeiro mundo. Essas regiões são as que possuem as principais espécies de mosquitos transmissores de malária, como nos mostra este slide. Onde existe o mosquito existe a possibilidade, inclusive em portos e aeroportos. Hoje conhecemos cerca de mais de 400 espécies de mosquitos do gênero <em>Anopheles</em> e apenas cerca de 54 delas são boas transmissoras de malária. Na África, principal área endêmica do planeta, o principal mosquito transmissor é o <em>Anopheles gambiae</em> e no Brasil o <em>A. darlingi</em> que está distribuído praticamente por todo o país, o <em>A. aquasalis</em> no litoral e o <em>A. cruzii</em> em regiões de Mata Atlântica. Algumas regiões deixaram de ser endêmicas para se transformarem em regiões de transmissão interrompida pelo tratamento de casos. Nessas regiões ao longo dos anos, os casos de malária foram ou são tratados rapidamente antes de surgirem novas epidemias e nessas regiões também podem ocorrer episódios de reintrodução da doença por existir o mosquito transmissor e por também circular pessoas doentes ou assintomáticas com malária vindas de outras regiões endêmicas, que estão distribuídas por mais de 100 países. Nossos atuais países endêmicos estão todos localizados na área tropical do planeta e representam nossa gigantesca área de transmissão, onde residem cerca de 40% de nossa população mundial ou mais de 2,4 bilhões de pessoas que estão permanentemente expostas ao risco de contrair a doença. Somente não temos mosquitos transmissores de malária nas áreas geladas, altas e desérticas do planeta. Em épocas passadas a urbanização de algumas regiões apenas afastou os mosquitos transmissores de malária das áreas urbanizadas, hoje muitas espécies desses mosquitos urbanizaram-se e transmitem malária em áreas urbanas. O risco de se morrer de malária é muito maior fora das áreas endêmicas ou de transmissão porque os médicos não pensam em malária diante de um paciente febril sem outros diagnósticos conclusivos, até porque os sintomas de malária são muito parecidos com os de outras doenças, principalmente as doenças virais. E malária é uma doença que evolui muito rapidamente para suas formas graves se não for diagnosticada e tratada. A morte por malária se dá pela falência de órgãos como o fígado, os rins, os pulmões, o baço e o cérebro. Não sabemos ao certo o número real de casos de malária que ocorrem no planeta todos os anos, a OMS nos fala em cerca de 500 milhões de casos e de 3 a 5 milhões de óbitos anuais, sendo principalmente crianças com menos de 5 anos de idade. Parece que estamos diante de uma guerra cega, muda e surda, ninguém vê, ninguém fala, ninguém ouve. E lá se vão alguns milhões de óbitos por malária todos os anos. No Brasil nos últimos anos o nível endêmico situou-se em torno de 500 mil casos anuais notificados, e certamente esse número não é o real.<br /> O certo é que não devemos acreditar que contrair, adoecer ou morrer de malária seja por que Deus assim quer. E nem continuar esperando que a malária continue caminhando com suas próprias pernas, com suas poucas pernas ou com suas curtas pernas ou esperar que ela naturalmente se resolva pelo incerto crescimento econômico de países desfavorecidos sob vários aspectos. É certeza também de que estamos diante de um problema mundial de responsabilidade de todos, dos mais negligenciados e com muitas fronteiras geográficas, políticas, sociais e tecnológicas e pouquíssimas, pontuais e ineficazes soluções para um controle que se confunde ou se aproxima de um controle cego da endemia. Precisamos além de sair do nosso silêncio, ousar em soluções e estratégias continentais, se quisermos esperar por dias melhores para essa doença que não tem vacina específica e eficaz, que acompanha a humanidade desde épocas remotas, que causa sofrimento e irreparáveis perdas humanas." Wanir Barroso, sanitarista.<br /><br /></blockquote>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3906847975488854330.post-55100590913556501762010-04-28T05:41:00.000-07:002010-04-28T05:43:05.269-07:00Malaria - Chemoprophylaxis and Prevention Measures .*Malaria - Chemoprophylaxis and Prevention Measures .* <br /><br />* Prohibited the reproduction of this article without permission of the author <br /><br />Dr. Wanir Jose Barroso <br />Hygienist, expert in epidemiology and control of endemic diseases by Fiocruz / RJ. <br />E-mail: wanirbarroso@gmail.com <br /><br />Chemoprophylaxis for malaria should be used only in very specific situations and prescribed by doctors or specialist familiar with the advice to travelers. <br /><br />Chemoprophylaxis in malaria is nothing more than the use of antimalarial drugs for malaria that does not twitch and we do not know whether or not we contract it. It is as if we tried to "prevent" the disease or lessen its symptoms, even without having it taken out, using drugs that are prescribed in their treatment and healing, believing that by doing so we would not have the disease or not would develop severe forms if we bitten by infected mosquitoes. These antimalarial drugs used in sub-therapeutic doses, such doses should be chemoprophylactic have only the function of eliminating a number of protozoa (Plasmodium) when they are already in the blood of patients infected with Plasmodium. Thus, the onset of symptoms may or may not be delayed if the Plasmodium or is not sensitive to the drug used. <br /><br />The antimalarial drugs are specific only to cure malaria in therapeutic doses and not all antimalarials should serve or be used as chemoprophylactic. Each of these medicines has its own peculiarities: some are more toxic, others are daily or weekly, others are slow elimination process, others may develop severe side effects and others may not even offer any protective effect, and for all antimalarial used in chemoprophylaxis, these individually and using sub-therapeutic doses recommended for chemoprophylaxis fail to cure patients who contracted the disease, apart from very few exceptions. <br /><br />Further, malaria chemoprophylaxis does not prevent malaria infection, ie, does not prevent the entry and multiplication of the parasite in the body are bitten by infected mosquitoes, and also has healing purposes, because the doses used in prophylaxis are less than therapeutic doses used in conventional treatment. Medicines are not vaccines. Antimalarial drugs or do not heal or cure the disease and when misused can cause resistance in the parasite, resulting in treatment failure. Those who make use of chemoprophylactic and are bitten by mosquitoes infected with Plasmodium, malaria has at least until the stage liver disease and develop if the disease proves resistant Plasmodium drug used. <br /><br />Antimalarial chemoprophylaxis should be considered when the clinical conditions of travel and time spent in areas of known disease transmission. Chemoprophylaxis should only be used for those going to an area of transmission of P. falciparum where there is no medical help nearby, and tolerate the side effects of medication and will stay there at least for a period exceeding 12 days, which corresponds to an average incubation period of malaria by P. falciparum. Unfortunately only a few studies on the adverse effects caused by the continued use of these drugs. <br /><br />The antimalarial drugs used as chemoprophylactic have several contraindications. Special attention should be given to pregnant women, newborns, elderly, metabolic and infectious diseases, people with cardiac and neurological problems, and also for people who have to be under constant vigil, like airplane pilots. Among the undesirable side effects reported in this group of drugs that have varying degrees of toxicity are: drowsiness, nausea, diarrhea, bitter mouth, blurred vision, tinnitus, tremor, cardiotoxicity, and intolerance among the most serious seizures. <br /><br />Malaria drug use chemoprophylactic may delay the onset of symptoms, extending the incubation period and sometimes do not result in any protective effect if the circulating Plasmodium is resistant to the drug that is being used. Several strains of P. already have proven resistant falciparum front of several antimalarial drugs in many endemic regions. Chloroquine, for example, no longer be used as chemoprophylaxis whereas P. falciparum shows already resistant to it in about at least 90% of the endemic areas of the planet. <br /><br />The diagnosis and treatment in the initial phase of the disease have similar goals to that chemoprophylaxis is to prevent the development of severe forms, whose main cause is the delay of diagnosis and treatment. <br /><br />He who knows the symptoms and be with suspected malaria to have frequented areas of disease transmission and goes in search of medical help to diagnose and start treatment, you always have a better prognosis than the one that makes use of chemoprophylactic. The indiscriminate use and the use of sub-therapeutic doses of antimalarial drugs are factors of chemoresistance of Plasmodium, as with bacteria to antibiotics. <br /><br />Another important negative factor that must always be considered is that these schemes used in chemoprophylaxis cause a false sense of security, including making the traveler more to expose the bite of mosquitoes, making it more vulnerable to contracting the disease, besides having to adhere to the discomfort of using daily or weekly depending on the drug used. Chemoprophylaxis should not have their purposes "protective" confused with a vaccine. Although it is making use of chemoprophylaxis, can develop the disease and its severe forms are bitten by infected mosquitoes. Malaria unfortunately, there is still no specific and effective vaccine available. <br /><br />Antimalarial chemoprophylaxis in the protection levels offered are dependent on many factors, such as using regular doses of the drug, the fact of Plasmodium not be resistant to the drug prescribed and the patient to metabolize, eliminate, and tolerate the drug well and not develop undesirable side effects . <br /><br />Antimalarial chemoprophylaxis, if indicated, should be made strictly within the medical advice received, that is, one should never replace the product, the duration or the dosage provided by the physician who prescribed. <br /><br />In summary, the best prevention against malaria remains: <br />1 • Whether or not you are in an area of malaria transmission, or if there are people contracting the disease in the region where it is; <br />2 • Avoid mosquitoes in areas of transmission with the use of repellents, insecticides, screens on doors and windows, mosquito nets or do not attend flooded areas where there are natural breeding sites; <br />• Know the three main symptoms of the disease (fever, body aches, vomiting, diarrhea, abdominal pain, loss of appetite, dizziness, feeling tired and others); <br />4 • Thinking of malaria is fever associated with other symptoms suggestive of having visited areas of disease transmission; <br />5. Know where to get medical help or information for the diagnosis and treatment both in and outside the endemic area; <br />6 • And do not self-medicate; <br /><br />Find and forward in areas of malaria transmission febrile patients for diagnosis and treatment is the primary measure to contain outbreaks or epidemics, preventing the disease from spreading or take epidemic proportions. While there is a sick and without treatment in these regions there is the possibility of other people also contract. The groups most vulnerable to develop severe forms of the disease are children, elderly, people who contract the disease for the first time, pregnant women and patients with other infectious diseases. <br />Malaria in any region of the planet remains a parasitic disease of the most serious of rapidly evolving, but curable condition that is diagnosed and treated as rapidly as the disease requires. The disease can seriously compromise the functioning of various organs like the liver, kidneys, spleen, lungs and brain as well as evolve to severe forms with malaria coma and even death in a few days if there is delay in diagnosis and treatment. Death from malaria is caused the failure of these organs. <br />Malaria, mainly caused by P. falciparum, should always be considered a medical emergency!Unknownnoreply@blogger.com0