"Silenciosamente a malária atinge meio bilhão de pessoas no planeta todos os anos e leva ao óbito centenas de milhares delas, silenciando principalmente crianças. Suas principais causas são o retardo de diagnóstico e de tratamento, a desinformação sobre a doença e o nosso silêncio! Para contrair a doença basta ser picado por um mosquito Anopheles infectado e para um mosquito se infectar basta picar alguém doente. Sem doentes não temos mosquitos infectados nem transmissão de malária."WBarroso
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Onde buscar por socorro médico para diagnóstico de malária na Argentina.
http://www.map.ox.ac.uk/browse-resources/temp_suitability/Pv_temp_tsi/ARG/
Eis a lista dos Hospitais e Laboratórios Referências na Argentina com telefones e emails. Gentilmente cedidas pelo Prof Dr Carlos Ponzinibbio. Como na região Extra-Amazônica brasileira a Argentina e outros países não endêmicos da América Central e do Sul têm dificuldades de diagnosticar seus casos importados de malária (que são aqueles casos em que o diagnóstico e o tratamento são feitos em regiões diferentes de onde ocorreu a transmissão da doença). Em regiões não endêmicas esses casos são os que mais evoluem para suas formas graves e o óbito pelo simples fato dos profissionais de saúde não pensarem em malária diante de um paciente febril sem outros diagnósticos conclusivos, ocasionando retardo de diagnóstico e tratamento. Os recursos assistenciais para malária nessas regiões não endêmicas são poucos, concentrados em algumas regiões, pouco divulgados e com poucos profissionais experientes. Isso também acontece nos países Europeus, Asiáticos e da América do Norte, onde praticamente todos os casos detectados são importados.
http://www.colaboras.com/tema.php?tema=El-Malbran&id=47
http://wwwnc.cdc.gov/travel/destinations/argentina.htm
quarta-feira, 13 de junho de 2012
MALÁRIA - a gravidade invisível.
"A malária humana é uma doença infecciosa de transmissão invisível, não contagiosa, febril e aguda de evolução potencialmente rápida e grave quando não tratada precocemente, principalmente a causada pelo P. falciparum, que sozinho é responsável pela quase totalidade dos óbitos por malária no planeta. Esse Plasmodium está presente e distribuído de forma irregular em quase todas as áreas endêmicas ou de transmissão, em algumas regiões mais e em outras menos. Na África, por exemplo, cerca de 90% dos casos são por esse protozoário, no Brasil esse percentual é de cerca de 30%. Malária por esse protozoário é sempre uma emergência médica que tem tratamento adequado e eficaz se diagnosticada rapidamente. A malária ainda não tem uma vacina específica e eficaz para nenhum Plasmodium ou forma plasmodial. As principais complicações clínicas na malária são as falências de órgãos, por isso emergência médica. Essas complicações têm como principal causa a intensa destruição celular tanto a nível sangüíneo como hepático. O Plasmodium destrói com a maior habilidade e com poucos dias de doença um número gigantesco de hemácias que comprometem a sobrevivência de todas as demais células do organismo humano, pois são as hemácias, células das mais especializadas e responsáveis por levar oxigênio e metabólitos que garantem a vida de todas as outras. O Plasmodium, a destruição celular e as toxinas oriundas dessa destruição desorganizam o funcionamento de todos os órgãos, principalmente o cérebro. Os rins, o baço, o fígado e os pulmões têm seu funcionamento igualmente e seriamente comprometidos. Nenhum outro ser microscópico destrói células humanas com tamanha eficiência e velocidade. Os quadros de malária cerebral que representam as formas mais graves da doença normalmente tornam-se clinicamente irreversíveis e evoluem rapidamente para o óbito. O retardo de diagnóstico e tratamento e a quimiorresistência aos medicamentos antimaláricos são suas principais causas. As seqüelas neurológicas em crianças, oriundas desses quadros de malária cerebral representam um enorme fardo para a saúde pública e para a sociedade. Que tal pensarmos nisso todos os dias?" Wanir Barroso, sanitarista.
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