O que faz a malária evoluir para suas formas graves e o óbito nas áreas de transmissão interrompida da região Extra-Amazônica brasileira é o retardo de diagnóstico e tratamento e a desinformação sobre a doença. A maioria dos profissionais de saúde nessas regiões não pensam em malária diante de um paciente febril sem outros diagnósticos conclusivos. Por causa disso a letalidade por malária nessas regiões é dezenas de vezes maior do que na Amazônia, isto é, a possibilidade de se morrer de malária fora da Amazônia no Brasil de alguém que contraiu a doença em qualquer área endêmica do planeta e veio a apresenar os sintomas por aqui, como Rio, São Paulo ou Santa Catarina, por exemplo, é dezenas de vezes maior do que na Amazônia.
Leiam os artigos:
http://www.bio.fiocruz.br/index.php/artigos/331-a-malaria-e-as-vitimas-da-desinformacao
http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v43n4/a32v43n4.pdf
"Silenciosamente a malária atinge meio bilhão de pessoas no planeta todos os anos e leva ao óbito centenas de milhares delas, silenciando principalmente crianças. Suas principais causas são o retardo de diagnóstico e de tratamento, a desinformação sobre a doença e o nosso silêncio! Para contrair a doença basta ser picado por um mosquito Anopheles infectado e para um mosquito se infectar basta picar alguém doente. Sem doentes não temos mosquitos infectados nem transmissão de malária."WBarroso
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2 comentários:
Muito oportuna a sua informação aos viajantes e aos médicos não especialistas em infectologia. No Rio os casos suspeitos podem ser encaninhados ao IPEC/Fiocruz (av. Brasil, 4365 Manguinhos). Seria interessante divulgar a relação dos hospitais de referencia em outras cidades. Dayse
Olá Dayse, no RJ os recursos assistenciais de diagnóstico e tratamento de malária estão concentrados na capital. A grande maioria dos casos principalmente os importados tem como referência a Fiocruz e os Hospitais Universitários. Os medicamentos e o diagnóstico laboratorial não estão descentralizados, o que agrava às vezes casos de malária por P. falciparum, principalmente os vindos da África. Isso acontece em todos os Estados fora da Amazônia, infelizmente.
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